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Nicaraguenses apoiam adiantar eleições para sair da crise, mostra pesquisa

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, durante visita a Havana para Cúpula da ALBA, em 14 de dezembro de 2018. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 15. janeiro 2019 - 19:37
(AFP)

A maioria dos nicaraguenses apoia um adiantamento das eleições presidenciais e a renúncia do presidente Daniel Ortega para que o país recupere a normalidade depois da crise gerada pelos protestos do ano passado, revelou uma pesquisa de opinião nesta terça-feira (15).

A pesquisa da empresa CID-Gallup, publicada pelo El Nuevo Diario, revelou que 54% votaram a favor de adiantar as eleições, enquanto 36% preferem que mantenham a data de 2021.

Enquanto isso, 49% consideraram que para o país a voltar ao normal o melhor é adiantar as eleições, ao passo que 35% disseram que a normalidade pode ser alcançada com a retomada do diálogo entre o governo e a oposição, que estagnou em junho depois de um mês de conversas em meio aos protestos.

Além disso, 49% se declararam a favor da renúncia de Ortega e de sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, contra 39% que apoiam a sua permanência no poder, de acordo com a consulta feita de 4 a 10 de janeiro com 1.189 pessoas, com uma margem de erro de 2,8%.

Indicou que 66% dos entrevistados desconfiam do governo de Ortega, uma ligeira melhora desde a pesquisa de setembro passado, quando 74% expressaram desconfiança em sua administração.

"As pessoas estão se acostumando aos distúrbios atuais e mencionam que já são parte da vida na Nicarágua", explicou Carlos Denton, presidente da CID-Gallup, sobre a melhoria na confiança do governo.

A crise na Nicarágua começou em 18 de abril, quando uma frustrada reforma do seguro social gerou inesperadas manifestações, que logo se transformaram em uma demanda para a saída de Ortega.

De acordo com grupos humanitários, ao 325 nicaraguenses morreram durante os protestos pelo "uso excessivo da força" por parte do governo, e mais de 600 presos por participar das manifestações.

Apesar da crise, a Frente Sandinista (FSLN, esquerda) mantém uma base de apoio superior aos outros partidos.

A pesquisa revela que 68% não se inclinam por um partido político, enquanto 25% preferem a FSLN.

Em um possível cenário eleitoral, 54% disseram que não têm um candidato favorito, 14% não sabem e 12% mencionaram o renomado jornalista Carlos Fernando Chamorro.

Ortega, um ex-guerrilheiro de 73 anos, governou durante a revolução nos anos 1980 e voltou ao poder em 2007.

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