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Panamá anuncia diálogo nacional em meio à crise da pandemia

O presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, participa de uma cerimônia no Aeroporto Internacional de Tocumen, na Cidade do Panamá, em 12 de outubro de 2020 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 26. novembro 2020 - 20:50
(AFP)

O presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, anunciou nesta quinta-feira (26) um diálogo nacional para tratar de diversos problemas que afetam o país, em meio a uma desaceleração econômica devido à pandemia de covid-19.

"Hoje me dirijo a cada panamenho para convocá-lo a um diálogo sincero, sensato e inclusivo para construir consensos e estabelecer um caminho que lance as bases para um Panamá melhor, mais justo e solidário", disse Cortizo em um discurso.

Por meio do diálogo, o governo pretende chegar a acordos com grupos empresariais, sindicatos, grupos sociais e partidos políticos em temas como saúde, educação e seguridade social.

"Todos concordamos que vivemos tempos difíceis e sem precedentes", acrescentou o presidente.

O processo, de participação individual ou coletiva, deverá ser concluído em novembro de 2021 com um "pacto de Estado".

O secretário-geral do combativo sindicato da construção Suntracs, Saúl Méndez, não ficou satisfeito com a convocação, alegando que nas negociações "não aparecem os [assuntos] do trabalho" e "a crise continua a pesar sobre os trabalhadores".

"Estamos dispostos a dialogar, mas não podemos esperar um ano para ver como a economia será reativada", afirmou, por sua vez, o presidente do opositor Cambio Democrático (Mudança Democrática), Rómulo Roux.

O apelo chega em um momento no qual o Panamá tem o maior número de infecções por covid-19 na América Central em números absolutos e um colapso de sua atividade econômica.

A Controladoria do Panamá indicou esta semana que no primeiro semestre de 2020 a atividade econômica do país centro-americano "contraiu 18,9%".

De acordo com a Controladoria, a infraestrutura logística e financeira não se deteriorou, mas o impacto negativo da crise se refletiu na diminuição do uso do Canal do Panamá, a Zona Franca de Colon (no norte do país), o transporte aéreo, o comércio e a construção.

A convocação de Cortizo ocorre em um momento de grande descontentamento social em vários países latino-americanos.

"Os conflitos terminaram em processos de diálogo" e pode ser "que o governo esteja se antecipando" para evitar uma crise, disse à AFP Harry Brown, diretor do Centro Internacional de Estudos Políticos e Sociais.

No entanto, "resta ver se os atores panamenhos têm o desejo de dialogar", acrescentou.

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