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Parlamento chavista e empresariado defendem costura de acordos na Venezuela

O presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 27. janeiro 2021 - 23:25
(AFP)

O novo Parlamento venezuelano, controlado pelo chavismo, e empresários privados, que costumam ser próximos da oposição, propuseram nesta quarta-feira (27) que sejam costurados "acordos políticos" que permitam combater a pandemia de covid-19 e reativar a combalida economia do país.

"O povo da Venezuela está esperando que cheguemos a acordos dentro das diferenças", disse Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional e de uma comissão parlamentar para o diálogo, após uma reunião na sede da patronal Fedecámaras em Caracas.

O presidente da organização sindical, Ricardo Cusanno, declarou que a reunião se concentrou em "soluções para o drama humanitário" e mecanismos para que "todos os atores possamos participar no âmbito da pandemia e especialmente o setor privado porque sem saúde obviamente não vamos poder reativar a economia".

"Não deixamos de mencionar a necessidade de acordos políticos", acrescentou o líder patronal, que insistiu em que se deve "deixar de asfixiar a atividade econômica".

A Venezuela atravessa a pior crise econômica em sua história moderna, com sete anos de recessão e três de hiperinflação, uma situação agravada por sanções financeiras dos Estados Unidos que tentam forçar a saída do poder do presidente socialista Nicolás Maduro.

"As soluções passam pela vontade política", expressou Cusanno.

A Fedecámaras foi uma das principais críticas das políticas de governos chavistas.

A então líder do grupo empresarial liderou em 2002 um golpe de Estado que depôs durante algumas horas o presidente Hugo Chávez e a organização apoiou este mesmo ano uma greve petroleira.

Alguns de seus membros foram muito próximos a Juan Guaidó, líder opositor reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por meia centena de países, que boicotou as eleições legislativas do ano passado por considerá-las fraudulentas e impulsiona a "continuidade" do velho congresso opositor de 2015, presidido por ele.

"Todo o processo de diálogo, de paz, passa porque todos os atores nos escutemos e faço minhas as palavras do presidente da Fedecámaras (...), primeiro é o povo, depois a economia e depois a política", disse Rodríguez.

O Parlamento nomeou uma comissão permanente para tratar com o empresariado.

Várias iniciativas de diálogo entre Maduro e setores de oposição naufragaram desde a chegada do presidente socialista no poder, em 2013, entre acusações mútuas de violação de acordos.

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