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Presidente do Equador reduz preços dos combustíveis, mas não agrada indígenas

Protesto nas imediações da Assembleia Nacional, em Quito afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 27. junho 2022 - 09:08
(AFP)

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, reduziu o preço dos combustíveis, o que deu origem aos protestos indígenas, mas sem satisfazer os manifestantes, que nesta segunda-feira (27) completam 15 dias de bloqueios de estradas no país, o que deixou a produção de petróleo em uma situação crítica.

"Esta decisão é insuficiente, é insensível", expressou a poderosa Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), depois que Lasso anunciou no domingo à noite uma redução de 10 centavos de dólar, que deixa o diesel em 1,80 dólar e a gasolina em 2,45.

Os manifestantes exigem ao governo que reduza os preços a 1,50 dólar para o galão de diesel e 2,10 dólares para o de gasolina comum.

A decisão do Executivo "não se solidariza com a situação de pobreza enfrentada por milhões de famílias", afirmou nesta segunda-feira a Conaie em comunicado assinado pelo seu titular, Leónidas Iza, acrescentando que "a nossa luta não para (...) e o protesto ainda está em vigor".

A entidade também analisa se aceita conversar com o Executivo após uma primeira abordagem no sábado.

Lasso, no poder há um ano, está encurralado pelas manifestações e pela oposição, que discute sua possível destituição no Congresso.

Os bloqueios nas estradas e a apreensão de mais de mil poços deixaram o setor de petróleo, principal item de exportação do país, em crise. Se os protestos continuarem, o país pode parar de produzir petróleo nas próximas 48 horas, segundo o governo.

Ao mesmo tempo, pelo segundo dia consecutivo, o Congresso debateu a conveniência de destituir Lasso, que um setor da oposição considera responsável pela "grave crise política e comoção interna" que afeta o país desde 13 de junho, com manifestações e bloqueios quase diários.

Depois de sete horas de deliberações no domingo, a sessão foi adiada para terça-feira às 11H00 locais (13H00 de Brasília). Vinte deputados ainda pretendiam falar de um total de 84 inscritos para discursar.

A bancada do União pela Esperança, partido ligado ao ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), convocou o debate contra Lasso, que considera a pressão social uma tentativa de golpe.

A destituição do presidente precisa de 92 dos 137 votos possíveis no Congresso, onde a oposição tem maioria, mas está fragmentada.

Após a conclusão dos debates, os deputados terão prazo máximo de 72 horas para votar.

Quase 14.000 indígenas protestam em todo o país para exigir medidas que aliviem a pobreza em suas terras agrícolas.

"Amanhã (segunda-feira) vamos nos unir para continuar lutando nas ruas", anunciou o líder das manifestações, o indígena Leonidas Iza, em um parque no centro de Quito.

Principal foco das mobilizações, quase 10.000 manifestantes saíram de suas cidades de origem e viajaram até a capital.

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