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Procuradoria de El Salvador encerra convênio com comissão contra impunidade da OEA

(Arquivo) Ex-prefeito de San Salvador, Ernesto Muyshondt, em San Salvador, em 28 de fevereiro de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 04. junho 2021 - 18:57
(AFP)

O procurador-geral de El Salvador, Rodolfo Delgado, anunciou nesta sexta-feira (4) que estava encerrando o acordo que tinha com uma comissão contra a corrupção e a impunidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), pois o secretário-geral da entidade nomeou como assessor Ernesto Muyshondt, ex-prefeito de San Salvador, que é alvo de um processo criminal no país.

“Decidi rescindir o acordo de cooperação com a Comissão Internacional contra a Impunidade em El Salvador (CICIES)”, disse Delgado em declaração à imprensa.

Na quinta-feira, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, anunciou por meio de seu Twitter a contratação do ex-prefeito da capital salvadorenha como “assessor da Secretaria-Geral”.

“Como Procuradoria, não podemos receber apoio técnico de uma entidade que será assessorada por uma pessoa que negociou com a vida de salvadorenhos em troca de benefícios eleitorais”, defendeu Delgado.

“Aqui estamos abertos para trabalhar com a comunidade internacional e receber apoio para combater a impunidade, mas não é possível receber esse tipo de apoio de uma organização que agora conta com a assessoria de um criminoso”, afirmou Delgado, que frisou que Muyshondt “é um criminoso confesso".

Delgado disse que a nomeação de Muyshondt como assessor da Secretaria-Geral da OEA foi uma notícia que "surpreendeu a todos".

O ex-prefeito de San Salvador enfrenta ações penais desde fevereiro de 2020. A Procuradoria-Geral acusa Muyshondt de se reunir com líderes de gangues antes das eleições presidenciais de 2014 para negociar, presumivelmente com pagamento em dinheiro, o voto desses grupos criminosos nas eleições.

Muyshondt, que foi prefeito de San Salvador entre 2018 e 2021, sempre negou o envolvimento com esses grupos criminosos.

A CICIES foi instalada em setembro de 2019 a pedido do governo do presidente Nayib Bukele com o suporte da OEA e prestava assistência técnica à Procuradoria em investigações sobre corrupção.

O comissário do CICIES, Ronalth Ochaeta, disse em abril que a comissão autou em assistência à Procuradoria salvadorenha 25 vezes desde sua instalação.

Delgado explicou que enviará à OEA "a correspondência pertinente" para que dentro de 30 dias "cesse todo tipo de cooperação".

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