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Retomada do transporte público aumenta temor por agravamento da pandemia na Bolívia

Uma indígena observa uma área de baixa renda em El Alto, em 22 de maio de 2020, em meio à pandemia de coronavírus. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 25. maio 2020 - 23:16 minutos
(AFP)

Autoridades de algumas cidades bolivianas começaram nesta segunda-feira (25) a ordenar a retomada do transporte público. Sindicatos dos setores de saúde temem que o relaxamento aumente as infecções por coronavírus e iniciaram uma greve de fome em protesto.

As cidades de El Alto (vizinha La Paz), Cochabamba (centro) e Potosí (sudoeste) retomaram os serviços de transporte coletivo, embora com limitações, em meio à emergência sanitária em vigor desde 17 de março.

Os ônibus podem operar com 40% a 50% de sua capacidade ou em turnos durante a semana. La Paz, sede dos poderes Executivo e Legislativo, se prepara para o retorno do serviço na segunda-feira, 1º de junho.

O governo decretou a quarentena em março com a suspensão do trabalho público e privado, exceto os emergenciais, e fechou as fronteiras, medidas que devem ser levantadas, segundo estimativas iniciais, em 31 de maio.

O governo da presidente interina Jeanine Áñez enfrenta forte pressão de sindicatos de camponeses, indígenas, motoristas e comerciantes para a flexibilização das restrições. Alguns setores pedem a renúncia da presidente.

No município de El Alto, os micro-ônibus de passageiros circulavam em plena capacidade, apesar do compromisso de operar com a metade. "Alguns veículos chegaram com seus 14 passageiros", disse Fernando Flores, secretário de transporte municipal.

A normalização das atividades preocupa profissionais da saúde, que temem uma explosão no número de contágios.

Eles denunciam a falta de condições para enfrentar a epidemia devido a mecanismos insuficientes de biossegurança.

"A quarentena é flexibilizada e não estamos prontos para lidar com o aumento iminente de casos de "#COVID-19 em #LaPaz", disse o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema de Saúde no Twitter.

Enquanto a Bolívia caminha para a normalização, em meio a temores, o Congresso se prepara para formar uma comissão para investigar a compra de 170 respiradores espanhóis superfaturados.

Por esse motivo, o Ministro da Saúde foi demitido e preso preventivamente pelo período das investigações.

O coronavírus infectou mais de 6.200 pessoas e matou 250 na Bolívia.

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