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Suprema Corte peruana confirma revogação do indulto de Fujimori

(23 jan) Foto cedida pela família de Fujimori mostra o ex-presidente peruano na clínica de Lima afp_tickers

A Suprema Corte peruana ratificou nesta quarta-feira (13) a revogação do indulto do ex-presidente Alberto Fujimori, que foi mandado de volta para a prisão em janeiro para completar uma sentença de 25 anos por crimes contra a humanidade, informou o Judiciário.

Uma sala penal da máxima corte confirmou “a resolução de 3 de outubro de 2018, que resolveu declarar que carece de efeito jurídico a resolução que concedia o indulto por razões humanitárias” a Fujimori, de 80 anos, que governou o Peru de 1990 a 2000.

A sala rejeitou a apelação do ex-presidente sobre a renovação do indulto que lhe concedeu no Natal de 2017 o então presidente, Pedro Pablo Kuczynski.

“Com esta decisão, o ex-presidente retoma definitivamente sua condição de condenado, o que quer dizer que deve cumprir os 15 anos restantes de sua condenação”, disse à imprensa o advogado Carlos Rivera, que representa famílias das vítimas de dois massacres.

O juiz Hugo Núñez anulou o indulto depois que o tema foi analisado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, com sede em San José.

Em fevereiro, foram a esta corte familiares das vítimas dos massacres de Barrios Altos (1991) e Cantuta (1992), nas quais esquadrões da morte integrados por militares assassinaram 25 pessoas, entre elas uma criança, porque suspeitavam que eram guerrilheiros.

Depois da revogação do indulto, Fujimori deu entrada a uma clínica de Lima, onde ficou até voltar para a prisão em 23 de janeiro.

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