Chile ultrapassa 10.000 mortos por coronavírus ao somar casos “prováveis”
As mortes por coronavírus no Chile atingiram 10.159 na contagem que considera 3.102 mortes “prováveis” da pandemia, seguindo os critérios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou o relatório do Ministério da Saúde divulgado neste domingo.
As informações, compiladas pelo Departamento de Estatística e Informação em Saúde (DEIS), são entregues uma vez por semana, e os especialistas consideram a abordagem mais precisa aos parâmetros da OMS para relatar mortes por coronavírus por teste ou por sintomas.
O relatório indica que houve 7.057 mortes confirmadas com um teste de PCR (swab) e 3.102 correspondem a mortes “prováveis”.
O número contrasta com o relatório diário que também é entregue oficialmente e que neste domingo totalizou 6.308 mortes e 295.532 casos desde a primeira infecção relatada no Chile há quatro meses.
“O objetivo do relatório diário do mortos é simplesmente dar uma tendência. É um relatório intermediário, portanto, não é capaz de capturar a totalidade das mortes por coronavírus no país”, explicou o chefe de Epidemiologia na do Ministério da Saúde, Rafael Araos, na sexta-feira. Ele recomendou o cálculo do DEIS. “É o dado mais real que teremos durante a pandemia”, disse o especialista.
O número de infecções e mortes deixa o Chile como um dos principais surtos globais da pandemia, embora as autoridades tenham começado a reportar os primeiros números “otimistas” depois de quatro meses, com uma queda de 21% nas infecções nas últimas duas semanas.
O Chile demorou a aplicar quarentenas gerais e, quando o fez – em 15 de maio em Santiago – concedeu um grande número de licenças de saída e operação para empresas consideradas “essenciais”, o que reduziu a mobilidade da capital chilena em apenas 30%.