Vício no jogo é doença
A obsessão pelos jogos de azar é uma patologia que se desenvolve em algumas pessoas que gostam de jogar. É a conclusão do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Genebra, no primeiro estudo do gênero na Suíça.
Para os professores Christian Osiek, François Ferrero e Guido Bondolfi, da Universidade de Genebra, não há dúvida que o vício no jogo é uma doença. Eles estudaram o comportamento de 2526 pessoas em várias regiões da Suíça e concluiram que, em média nacional, 0,9 por cento da população com mais de 18 anos é composta de jogadores patológicos e 2,1 por cento de potencialmente patológicos. O estudo foi feito porque a partir do ano que vem os cassinos serão oficialmente liberados na Suíça.
O jogador é considerado patológico quando se arruina financeiramente e cria problemas em sua carreira profissional e na vida familiar. “Quando ele começa a jogar perde o senso da realidade, questiona a lei do azar e acredita que pode controlá-la”, afirma o Dr. Bondolfi.
Nem todos que gostam de jogar tornam-se patológicos e a doença pode levar de 5 a 10 anos para se instalar. Outra conclusão do estudo é que o número de viciados aumenta com a maior oferta de jogos.
Atualmente não existe tratamento para os jogadores patológicos mas os estudos vão continuar e novos resultados serão divulgados dentro de cinco anos.
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