Companhias aéreas cancelam conexões com a Venezuela após alerta dos EUA
Seis companhias aéreas cancelaram neste sábado (22) suas conexões com a Venezuela, após os Estados Unidos alertarem a aviação civil sobre um “aumento da atividade militar” em meio ao destacamento de forças americanas no Caribe, informou à AFP o sindicato das companhias aéreas.
A espanhola Iberia, a portuguesa TAP, a colombiana Avianca, a trinitária Caribbean, a brasileira GOL e a chilena Latam cancelaram suas operações, disse a presidente da Associação de Linhas Aéreas da Venezuela (Alav), Marisela de Loaiza, que não informou quanto tempo a suspensão vai durar.
Os Estados Unidos mobilizaram no Caribe o maior porta-aviões do mundo, acompanhado por uma frota de navios de guerra e caças, para operações antidrogas, ação que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou como “uma ameaça” para tirá-lo do poder.
A Administração Federal de Aviação (FAA) pediu ontem às aeronaves que cruzam o espaço aéreo venezuelano para aumentar sua precaução, devido a um “agravamento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na Venezuela e em seus arredores”.
“As ameaças podem representar um risco potencial para as aeronaves em todas as altitudes, inclusive durante o sobrevoo, as fases de chegada e saída, e/ou para aeroportos e aeronaves em solo”, informou a FAA.
Segundo Marisela, continuavam operando a panamenha Copa, a Air Europa, a Turkish, a espanhola PlusUltra e a venezuelana Laser.
Os Estados Unidos devem declarar na próxima segunda-feira como organização terrorista um cartel do narcotráfico supostamente liderado por Maduro.
Desde setembro, as forças americanas atacaram mais de 20 embarcações supostamente dedicadas ao narcotráfico no Mar do Caribe e no Pacífico oriental, causando a morte de 83 pessoas.
No site do aeroporto internacional de Caracas, os voos da TAP e da Avianca apareciam como cancelados neste sábado.
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