Desemprego é a primeira preocupação dos suíços
As preocupações dos suíços são as mesmas há vários anos e em 2006 não foram diferentes: desemprego, saúde e previdência social.
O novo “Barômetro das Preocupações” do Crédito Suíço – segundo maior banco do país – confima também o recuo do receio nas questões ligadas à igualdade entre homens e mulheres, ao meio ambiente, Europa, droga e terrorismo.
Desemprego, saúde e aposentadoria continuam sendo as três principais preocupações dos suíços há seis anos.
O desemprego não preocupa somente as camadas desfavorecidas da sociedade mas também – e cada vez mais – as classes médias e pessoas com menos de 39 anos. Este receio é ainda maior no cantão do Ticino (sul do país e de língua italiana).
As pessoas mais idosas e as de renda modesta preocupam-se principalmente com o sistema de saúde e com a aposentadoria mínima (AVS). Essa tendência é mais acentuada na Suíça Romanda (oeste, de língua francesa).
A situação econômica geral é julgada como positiva, mesmo se as pessoas restam prudentes. Com relação à sua própria situação financeira, 46% dos suíços a consideram boa, 38% bastante boa e 8% muito boa. É uma ligeira alta em relação ao ano 2000.
Requerentes de asilo e nova pobreza
Bem depois do desemprego, citado como preocupação por 66% das pessoas questionadas, aparecem a saúde (55%) e a previdência social (51%). O quarto item é dos requerentes de asilo e os refugiados, com 39% da população. O termo geral “estrangeiros” é uma inquietude para 27% dos suíços.
Nesses dois últimos temas, sempre ouvre uma certa variação ligada à atualidade, num país que sempre teve um pouco de receio do “outro”.
Além disso, 28% dos suíços se dizem preocupados pela nova pobreza, um tema citado sistematicamente por pelo menos uma em cada cinco pessoas, desde o ano 2000.
Portanto, apenas 7% das pessoas julgam sua própria situação com ruim ou muito ruim. Os autores da sondagem vêem nisso um indício do espírito de solidariedade dos suíços para com os concidadãos menos favorecidos.
Igualdade e meio ambiente caem
Por outro lado, outros assuntos parecem entrar em uma fase de “desinteresse duradouro”.
É o caso da droga, por exemplo, muito presente nas preocupações dos suíços entre 1994 e 2001, da integração européia (2000-2003) e da igualdade de sexos (2000-2004). Ocorre o mesmo com a proteção do meio ambiente, assunto muito importante no debate sócio-político até meados dos anos 90 e que é considerado importante apenas por 11% da população.
As pessoas também foram questionadas acerca das instituições em que confiam. A primeira é a polícia (62%), os bancos (61%) e o Supremo Tribunal Federal (58%)
Suíços e orgulhosos
A sondagem de opinião também avaliou o caracteriza a identidade suíça e o que ameaça essa identidade. Como no ano passado, as pessoas citam mais freqüentemente a paz e a segurança (21%), a neutralidade (20%) e a ordem e precisão (19%)
Quanto ao que mais ameaça a identidade do país, os suíços citam pelo terceiro ano consecutivo a imigração (74%), a abertura internacional (59%) e o bloqueio das reformas (56%)
swissinfo com agências
Desde 1976, o “Boletim” do Crédito Suíço (segundo maior banco do país) publica no final do ano o Barômetro das Preocupações dos suíços. A sondagem é feita pelo Istitutuo GFS.Berna) há 12 anos.
O Barômetro reflete as preocupações e receios da população. Este ano, a sondagem foi feita entre meados de agosto e início de setembro, com uma amostra representativa de mil pessoas.
As seis principais preocupações em 2006 (com as variações em relação a 2005):
Desemprego 66% (-5)
Sistema de saúde 55% (+4)
Aposentadoria mínima (AVS) 51% (+6)
Refugiados/requerentes de asilo 39% (+ll)
Pobreza 28% (-1)
Estrangeiros 27% (-3)
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