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Filmes argentinos destacam-se em Friburgo

O 1° prêmio do festival de filmes de Friburgo, Suíça, recompensou uma realização sul-coreana, "The Bird wich stops in the air" (foto). Os 6 outros prêmios recompensaram filmes sul-americanos em particular argentinos. Um filme brasileiro foi elogiado.

O Festival de Filmes de Friburgo, com o júri presidido pelo teólogo brasileiro, Leonardo Boff (um dos elaboradores da teologia da libertação), reservou a principal recompensa – “regard d’or”, olhar de ouro – ao filme sul-coreano, “The Bird which stops in the air” (o pássaro que paira no ar). Trata-se do primeiro trabalho do cineasta Jeon Soo-il e que tem por tema as relações entre cinema e o dia-a-dia.

“Mundo Grua” (mundo de guindastes) do jovem cineasta argentino Pablo Trapero foi contemplado com o prêmio do melhor cenário e 3 outros concedidos pelo júri da Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica, o júri ecumênico e o da Federação Internacional dos cineclubes. O filme retraça em ambiente tragi-cômico a vida de um operário e as relações com seu filho.

“Yepeto”, também argentino, realizado por Eduardo Calcagno foi recomapensado com o prêmio do júri de jovens. Foi também a preferência do público esse filme que focaliza a vida de um qüinqüagenário professor, obcecado pela língua, pela literatura e o gosto pela vida. O papel principal é interpretado com maestria por Ulises Dumont.

“Patio 29, Historias de Silencio”, do chileno Esteban Larrain, levou o prêmio da imprensa política concedido pela primeira vez no festival. Trata-se de um documentário sobre desaparecimento de pessoas durante a ditadura de Pinochet.

Note-se que o filme brasileiro, “Saudade do Futuro”, de César Paes e Marie-Clémence Paes não recebeu recompensas nem menções especiais. Foi no entanto bastante apreciado. O longa-metragem é um bem humorado mergulho em São Paulo e nas dificuldades dos nordestinos de vencerem na vida nessa metrópole. A música dos repentistas ocupa muito espaço no filme e deve ser reunida em CD.

Vale lembrar que o Festival de Friburgo, criado há 20 anos e que encerrou no domingo sua décima quarta edição, está exclusimente voltado para a cinematografia dos países em desenvolvimento. Tem por objetivo mostrar as melhores obras realizadas no “Sul” e principalmente criar espaço para tais obras num mundo dominado pela cinematografia americana.

As 72 obras projetadas de 3 a 19 de março em Friburgo eram procedentes da Ásia, Africa, América Latina e Leste Europeu. Uma seleção dos melhores filmes será apresentada em 32 cidades suíças.

swissinfo com agências.






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