Os tesouros inéditos de Jack Kerouac, redescobertos
Uma das imagens mais clichês de Jack Kerouac; o "outsider beatífico, surrado" (beatific, beaten: jogo de palavras que o escritor usou ao se referir ao termo poesia/literatura "Beat") marcou gerações de jovens (no coração) não-conformistas.
CC.2.0 Universal
Caixa de lápis de cera de Kerouac, decorada pelo autor. Segundo John Shen-Sampas, amigo de infância, cunhado e guardião da propriedade de Kerouac depois da morte do escritor, Kerouac sonhava em ser pintor muito antes de se tornar escritor.
Eduardo Simantob/SWI
"Auto-retrato esquisito no mar", sem data. Durante a Segunda Guerra Mundial, Kerouac escapou do serviço militar trabalhando na marinha mercante.
Eduardo Simantob/SWI
Em 1966, Kerouac foi convidado para uma série de encontros com fãs e personalidades literárias italianas em Milão, num período marcado por uma visão cada vez mais reacionária das rebeliões da juventude em curso (em parte inspirada por seus próprios escritos) e por uma luta contra o alcoolismo que acabaria por matá-lo de cirrose em 1969. Mas nessa foto, tirada na primeira recepção em Milão, Kerouac desabou não por causa da bebida, mas por causa do jetlag.
Reproduction
O retrato do Cardeal Montini (na parede), pintado em 1959, foi baseado em uma fotografia que apareceu na revista Life. "O que é impressionante no retrato é o interesse de Kerouac por este homem que teria um papel central na história do catolicismo, que de fato, alguns anos mais tarde, em 1963, se tornou o Papa Paulo VI. Uma carta enviada por Kerouac a Allen Ginsberg, no dia 4 de outubro de 1962, indica a importância que este quadro tinha para ele. Nesse retrato expressionista, Jack tentou fundir a solenidade do assunto, não muito diferente da natureza sagrada da pintura medieval, com o poder emocional e expressivo da pintura americana contemporânea". (Do livro "Kerouac Beat Painting", de Sandrina Bandera, Alessandro Castiglioni, e Emma Zanella).
Eduardo Simantob/SWI
"Há um certo interesse exótico e esotérico por esses assuntos visionários, nos quais uma figura angelical, desenhada à direita, parece dialogar com as figuras misteriosas com auras incandescentes. Kerouac volta aqui ao tema visionário das figuras angelicais imersas em uma paisagem insondável, inspirado em suas viagens místicas e psicotrópicas". (Do livro "Kerouac Beat Painting", de Sandrina Bandera, Alessandro Castiglioni, e Emma Zanella).
Eduardo Simantob/SWI
Trata-se aqui de uma referência devocional à Senhora das Dores da tradição católica, que se torna "adorável" na interpretação de Kerouac.
Eduardo Simantob/SWI
Verso da tela "Truman Capote", 1959.
Eduardo Simantob/SWI
Primeira página do manuscrito de " The Town and the City" para ser apresentado a possíveis editores. Esse romance foi a primeira obra publicada de Kerouac, em 1950.
Eduardo Simantob/SWI
Parece uma relíquia dos tempos antigos, ou uma Torá para beatniks devotos: o rolo de telex de "On the Road", o único objeto desta galeria de imagens que não pertence a Arminio & Paolo Sciolli - este se encontra na coleção de Jim Irsay, proprietário do time de futebol americano Indianapolis Colts. Sua coleção inclui artefatos históricos e icônicos da história do rock, da história americana e da cultura pop.
Keystone / Christie's New York
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