Patrimônio escrito poderá ser salvo
A maioria dos documentos guardados na Biblioteca Nacional e nos Arquivos Federais estava ameaçada. Para manter a memória escrita, a Suíça investiu 13,5 milhões de francos num centro para desacidificação do papel em Wimmis, perto da capital, Berna.
As novas instalações inauguradas quinta-feira, 01.9, perto de Berna são as maiores e mais modernas do gênero atualmente no mundo. Com capacidade para tratar 120 toneladas de papel por ano, a nova usina é de grande interesse para a Suíça mas também no exterior.
Há mais de 30 anos que os especialistas alertavam para a degradação de livros e documentos da Biblioteca Nacional e dos Arquivos Federais. Argumentavam que através dos métodos tradicionais e artesanais conhecidos não seria possível conservar os arquivos. Foi necessário, portanto, encontrar um maneira de tratar o papel de maneira industrial.
A partir de meados do século XIX, o papel passou a ser fabricado com pasta de madeira e produz ácidos que produzem a própria deterioração do papel. O método de desacidificação, desenvolvido na Alemanha e completado com tecnologia suíça, consiste em tratar o papel como uma solução líquida que elimina os ácidos corrosivos.
A nova técnica permite prolongar a vida do papel de vários séculos e é a única maneira de conservar textos originais, segundo especialistas. Como havia urgência, o Parlamento aprovou, em 1998, uma verba de 13,5 milhões de francos suíços para as novas instalações e outros 10 milhões para a Biblioteca Nacional e os Arquivos Federais recuperarem seus livros e documentos.
A nova usina pertence ao governo federal mas é administrada pelo setor privado. Nos próximos 5 anos, dois terços da capacidade será ocupada com os arquivos suíços mas também poderá aceitar encomendas do estrangeiro.
swissinfo com agências.
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