Tradição secular do vitral sobrevive na Suíça

O vitral praticamente inexiste na arte contemporânea. Mas essa tradição secular da decoração, representada em obras-primas da arquitetura religiosa do passado, sobrevive na Suíça num centro que vai continuar sendo subvencionado por 4 anos.

Na pequena cidade medieval de Romont, cantão de Friburgo – de onde partiu a maioria dos imigrantes suíços que fundaram Nova Friburgo-RJ no século passado – sobrevive a tradição do vidro colorido, seja figurativo seja não figurativo, que adorna catedrais, igrejas, conventos, edifícios públicos ou casa particulares. Romont sedia o Museu do Vitral, bastante conceituado, e o Centro Suíço de Pesquisa e Informação sobre o Vitral. (Note-se que o Museu realiza até 30 de abril uma exposição da arte do vitral na cidade suíça de Lausanne, principal entrocamento ferroviário do país).
O Centro existe há dez anos e sobrevive graças a subvenções do governo. Sua existência está agora garantida por mais 4 anos com a decisão governamental de renovar as subvenções a esse centro que vem realizando um trabalho considerado de particular importância, por exemplo na conservação da memória num setor artístico muito valorizado desde a Idade Média até os anos 60 deste século.
Os conhecimentos científicos e técnicos, indispensáveis para a realização desse trabalho são reunidos no centro onde especialistas suíços e estrangeiros podem dialogar e trocar justamente conhecimentos. O centro emprega uma dúzia de pessoas: historiadores de arte, bibliotecários, documentalistas e pessoal administrativo.
Na Suíça, por exemplo, os vitrais da catedral de Lausanne e da abadia de Königsfelden (Argóvia) constituem exemplos notáveis de obras medievais do gênero. Outro exemplo, o século 20 está representado pelos vitrais da conhecida Fraumünster de Zurique, de autoria de Marc Chagall.