Video – Festival europeu de video

O World Wide Video é um dos mais importantes e tradicionais festivais europeus dedicados à vídeo arte. Em sua 17a. edição que acontece de 15 a 19 de setembro, em Amsterdam, busca estabelecer conexões com produções de arte eletrônica.

O World Wide Video é um dos mais importantes e tradicionais festivais europeus dedicados à vídeo arte. Em sua 17a. edição que acontece de 15 a 19 de setembro,em Amsterdam, busca, como a maioria dos festivais de vídeo, estabelecer conexões com as produções de arte eletrônica. Além da tradicional mostra informativa de vídeos, que conta com a presença de “Framed by Curtain”, o mais recente trabalho de Éder Santos, e de artistas consagrados como Robert Cahen, Daniel Reeves, Cheryl Donegan e Theo Eshetu, o festival apresentará obras em CD-ROM, o projeto de webart desenvolvido pelo Dia Centre de Nova Iorque, instalações e performances, tudo isso em centros culturais e museus espalhados pela cidade de Amsterdam, Holanda.

Um dos projetos interdisciplinares que participa do festival é “Flash”, uma produção coletiva realizada por artistas visuais e compositores contemporâneos e que será apresentada em 9 DVDs.

Das instalações, destaque para “Overhanging” do israelense Michal Rovner, trabalho desenvolvido especialmente para o evento e que curisosamente apresenta duas versões: uma para ser vista de dia e outra à noite. De Andy Warhol a instalação póstuma Outer and Inner Space revela uma intrigante conexão histórica entre a obra do artista e a produção de artistas da atualidade.

Produções que utilizam processos interativos não poderiam estar de fora. Em “Panoramic Acceleration” do holandês Marnix de Nijs o espectador através de um joystick controla os movimentos de sua cadeira e das telas de vídeo ao seu redor. Explorando a simultaneidade da informação na Internet “Wobble” é um show interativo da banda virtual WIGGLE. Neste espetáculo, quatro músicos situados fisicamente em lugares distintos do planeta, são regidos por um time de VJs, que contam ainda com a atuação de outros participantes internautas através da rede.

Na mostra de CD-ROMs autorais “Where Where There There Where” de Zoe Beloff é uma reflexão sobre as relações entre a tecnologia e a imaginação ao recriar visualmente, através do programa QuickTime Virtual Reality, o panorama arquitetônico das cidades industriais do século XIX e a transição para o ambiente tecnológico da era do computador. Participa também desta mostra o CD-ROM do brasileiro Kiko Goiffman, “Valetes em Slow Motion”.

Para saber mais sobre o que vai rolar lá, vá ao site do festival

(Roberto Moreira S. Cruz)