Zurique expõe Lavater, estudioso das feições do rosto

Retrato de Lavater. Kunsthaus Zürich

O Kunsthaus (museu) de Zurique consagra exposição curiosa, original e fascinante a Johann Caspar Lavater, erudito filósofo e teólogo suíço do século 19, considerado o inventor da fisiognomonia, a arte de conhecer o caráter do homem pela observação das feições do rosto.

Para Lavater, o estudo do rosto era quase uma obsessão. Ele consagrou grande parte de sua vida a pesquisas destinadas a desvendar o caráter das pessoas, a partir da fisionomia. Com esse objetivo ele havia reunido mais de 20 mil peças que quando ele morreu foram compradas pelo imperador Francisco I da Áustria e hoje se encontram na Biblioteca Nacional em Viena.

A mostra de Zurique reúne 450 peças da coleção: desenhos, gravuras e retratos. Na maioria de rostos.

As obras de Lavater foram debatidas na época e suscitaram controvérsia. Mas teorias do “inventor da fisiognomonia” foram mais tarde recuperadas por meios racistas ou nazistas para demonstrar a superioridade da raça branca ou ariana. Especialistas vêm nisso, porém, uma deturpação do trabalho de Johann Kaspar Lavater.

swissinfo