Caso Bellasi: nova versão do escândalo

A investigação do caso Bellasi toma novo rumo: Bellasi teria sido encarregado pelo seu chefe (o coronel divisionário Peter Regli, na foto) de criar um novo serviço secreto, um serviço de informação independente do governo.

A investigação do caso Bellasi – relativo a desvio de dinheiro público e descoberta de um arsenal – toma novo rumo com a versão do advogado do réu. O dinheiro teria sido para criação de serviço secreto independente por ordem superior.
O advogado de Dino Bellasi (nome do capitão-ex-contabilista do serviço secreto do Exército suíço que desviou 5,7 milhões de dólares) dá nova versão do caso. Bellasi teria sido encarregado pelo seu chefe (o coronel divisionário Peter Regli, suspenso do cargo) de criar um novo serviço secreto, um serviço de informação independente do governo. O projeto devia ser financiado por manipulação da contabilidade. Bellasi teria também sido incumbido de encontrar locais e comprar armas necessárias à formações de agentes que ainda deviam ser recrutados. Com parte dos 5,7 milhões desviados ele devia criar uma empresa para reciclar dinheiro, levando uma vida confortável para dar impressão de que tivera êxito nos negócios.
Mais de 2 milhões teriam sido investidos em casa perto de Graz, na Austria, para local seguro de encontros e o restante teria sido entregue a seus superiores. Segundo a carta, Bellasi não teve contatos com a máfia, nem com serviços secretos estrangeiros ou com traficantes de armas.
No Palácio do Governo suíço, em Berna, o caso, que segundo o ministro suíço da Defesa, assumiu proporções “inimagináveis”, continua a alimentar as conversas. Mas não houve ainda reação oficial a essa carta do advogado de Dino Bellasi. E pedidos relativos ã criação de uma comissão parlamentar de inquérito formulada por líderes da esquerda é considerada prematura por partidos de direita.