Suíça desaprova condenação de Öcalan
A Suíça expressou a "mais viva preocupação" com o veredicto do tribunal turco que condenou à morte o líder curdo, Abdullah Öcalan. O Governo suíço pede que a pena não seja executada. A reação da União Européia tem sido semelhante.
O governo suíço pede às autoridades turcas que renunciem a aplicar a pena de morte ao chefe do PKK – Partido dos Trabalhadores do Kurdistão – Abdullah Öcalan. Ele foi condenado à morte terça-feira por um tribunal turco por traição e tentativa de dividir a Turquia.
Em comunicado divugado à imprensa o governo suíço afirma “que a execução de Öcalan poderia criar uma nova onda de violência na Turquia e no resto na Europa e não contribuiria para solucionar pacificamente o problema curdo”.
Agora os advogados de Öcalan vão recorrer ao Tribunal de Cassação. Se o veredicto for anulado haverá novo julgamento. Se confirmado, o Parlamento turco deverá se pronunciar. Caberá ainda um recurso à Corte Européia dos Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França.
A Turquia é candidadata à União Européia e alvo de fortes pressões. A tônica das reações é resusmida pela Grã-Bretanha que que pede que a condenação à forca seja comutada em prisão perpétua.
Nas prisões turcas existem 47 condenados à morte, mas o país não tem executado as penas desde 1984.
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