
Diddy receberá sentença nesta sexta após seu impactante processo judicial

O magnata do hip-hop Sean ‘Diddy’ Combs, absolvido das acusações mais graves que lhe foram atribuídas após um midiático julgamento por agressão sexual, conhecerá nesta sexta-feira (3) sua pena por duas acusações de tráfico de pessoas para fins de prostituição.
A audiência de sentença começou no tribunal de Nova York, onde o artista está sendo julgado, em sua presença e diante de uma grande multidão. Sua família também está presente.
A procuradora Christy Slavik, que solicita uma pena mínima de prisão de 11 anos, reiterou nesta sexta que uma sentença severa é justificada, dado o número de vítimas, a gravidade dos seus sofrimentos e o fato de que os crimes ocorreram durante 15 anos.
Em uma carta enviada ao juiz na quinta-feira, o ex-rapper e empresário de 55 anos pediu perdão e “misericórdia” e disse estar “arrasado” pelo que fez após “se perder nas drogas e nos excessos”.
Em julho, após dois meses de deliberações, o júri rejeitou as acusações mais graves de tráfico sexual e conspiração contra Sean Combs, o que evitou uma pena de prisão perpétua.
No entanto, ele foi considerado culpado de duas acusações de tráfico de pessoas para fins de prostituição, pelas quais ainda poderia receber até 20 anos de prisão.
A defesa pediu que sua condenação não exceda os 14 meses, destacando seu bom comportamento desde o encarceramento e sua imagem “danificada”. Esta pena lhe permitiria ser libertado antes do final do ano, considerando o tempo que passou em prisão preventiva no Brooklyn.
A cantora Cassie, uma das vítimas de Diddy, que foi sua namorada entre 2007 e 2018, instou o juiz a considerar “as muitas vidas que Sean Combs afetou”.
“Ainda tenho pesadelos, flashbacks diários e continuo precisando de tratamento psicológico”, escreveu ela em uma carta, afirmando que ela e sua família abandonaram Nova York com medo de represálias caso o astro fosse libertado.
Diddy, que durante o julgamento aparentava estar mais velho, com cabelo e barba grisalhos, foi acusado de obrigar mulheres – incluindo Cassie e uma parceira mais recente que testemunhou sob o pseudônimo de “Jane” – a participar de maratonas sexuais com garotos de programa enquanto ele se masturbava ou filmava.
Também foi acusado de criar uma rede criminosa para organizar essas atividades, conhecidas como “freak-offs” ou “noites no hotel”.
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