
Multinacionais suíças são criticadas por declarações climáticas “enganosas”

Grandes empresas internacionais são acusadas de fazer promessas enganosas, enquanto o mundo se esforça para reduzir os gases de efeito estufa que são prejudiciais ao meio ambiente. Na Suíça, Nestlé e Holcim são apontadas, de acordo com um relatório publicado na segunda-feira.
Os objetivos e planos climáticos de 24 empresas foram examinados em um estudo do grupo de pesquisa alemão New Climate Institute. O problema, revelam os autores, é que as empresas, em média, só querem reduzir cerca de um terço de suas emissões de CO₂ até 2050. Elas compensariam o resto, por exemplo, plantando árvores.
“Se todas as empresas seguissem o exemplo das 24 empresas pesquisadas com sua estratégia de compensação, precisaríamos de dois a quatro planetas para cumprir todas essas promessas através da compensação”, diz a coautora do estudo, Reena Skribbe.
O relatório avaliou a transparência e a integridade das metas climáticas corporativas para 2030 e além. A multinacional de alimentos e bebidas Nestlé obteve uma pontuação “muito baixa” em ambas as frentes. A fabricante de cimento Holcim se saiu um pouco melhor com “transparência razoável” e “integridade moderada”.
“A meta inadequada e ambígua de estabelecer metas líquidas zero distrai da questão mais importante em questão: reduções de emissões imediatas e em toda a economia por volta de 2030”, disse o relatório. “As promessas climáticas das empresas para 2030 ficam muito aquém da ambição exigida de acordo com a ciência mais recente”.

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