Emissões de CO2 permaneceram estáveis na China no 3º trimestre, afirma relatório
As emissões de CO2 na China permaneceram estáveis no terceiro trimestre em comparação com o ano passado, graças ao desenvolvimento dos veículos elétricos, aponta um relatório, o que permite prever um equilíbrio nas emissões totais em 2025.
A China é o maior emissor mundial de gases do efeito estufa (15,6 bilhões de toneladas em equivalente de CO2), mas também é o país com maior adoção de carros elétricos e infraestrutura de energia renovável.
As emissões de dióxido de carbono a partir dos combustíveis usados no transporte diminuíram 5% com o auge da indústria de veículos elétricos, segundo estimativa do pesquisador Lauri Myllyvirta, do Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo, publicada nesta terça-feira (11, data local) no veículo especializado Carbon Brief.
A produção de cimento e aço também diminuiu suas emissões, segundo o relatório, que aponta um aumento na indústria química e uma estabilização na elétrica, graças ao forte desenvolvimento das energias solar (+46%) e eólica (+11%).
As emissões chinesas de CO2 permaneceram estáveis ou diminuíram desde março de 2024, segundo a pesquisa, cujas estatísticas se baseiam principalmente em dados oficiais. Para 2025, as emissões estão “em equilíbrio entre uma leve redução e um leve aumento, a depender do que acontecer no último trimestre”.
O momento exato em que a China atingirá o pico de emissões permanece incerto. Este é um dado essencial para medir os avanços de Pequim, que anunciou em setembro seu objetivo de redução das emissões líquidas de gases do efeito estufa: entre 7% e 10% até 2035.
A maioria dos analistas considera esta meta modesta e acredita que ela será levemente superada. Mas o gigante asiático não definiu um ano de referência a partir do qual comparar as cifras.
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