Esposas de opositores venezuelanos presos pedem apoio de vizinhos

As esposas de dois opositores venezuelanos presos, o prefeito de Caracas Antonio Ledezma e Leopoldo López, pediram apoio da América Latina ao serem recebidas nesta sexta-feira pela oposição no Congresso na Argentina.
“Queremos que os países da América Latina acordem, é hora de despertar, de falar e pedir a liberdade dos nossos 62 presos políticos”, afirmou Lilian Tintori, esposa de López, sob os aplausos dos deputados.
Tintori e Mitzy Capriles foram recebidas em uma reunião convocada em conjunto pelas comissões de Legislação Penal, do Mercosul e de Assuntos Municipais, as três presididas por legisladores do bloco Proposta Republicana (PRO, direita).
Os membros do PRO, junto com os legisladores dos principais partidos de oposição na Argentina, denunciaram “a deterioração democrática” na Venezuela.
As mulheres visitam Buenos Aires para o Primeiro Fórum Latino-americano de Prefeitos C40 sobre as Mudanças Climáticas.
A presença das venezuelanas foi criticada por organizações políticas e sociais de esquerda e alinhadas com o governo de Cristina Kirchner.
Aos deputados, Mitzy Capriles declarou que a acusação contra o marido foi “inventada por pessoas que não aceitam a dissidência”.
O prefeito de Caracas foi preso em 19 de fevereiro por conspiração e está na prisão Ramo Verde, cerca de 30 km de Caracas, com Leopoldo López, preso em 18 de fevereiro de 2014.
López, líder da Vontade Popular, é acusado de incitar a violência nos protestos em massa do início de 2014 contra o governo de Nicolas Maduro, que terminou com 43 mortos.