
EUA avaliará opiniões ‘antiamericanas’ de solicitantes de benefícios migratórios

O governo do presidente Donald Trump anunciou, nesta terça-feira (19), que vai buscar opiniões “antiamericanas”, inclusive nas redes sociais, ao decidir sobre o direito de uma pessoa a residir nos Estados Unidos.
O Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS), encarregado das solicitações de residência e cidadania, anunciou que vai ampliar a verificação do que os solicitantes publicam nas redes sociais.
“Os benefícios dos Estados Unidos não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país e promovem ideologias antiamericanas”, disse o porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser, por meio de nota.
“Os benefícios migratórios, como os de residir e trabalhar nos Estados Unidos, seguem sendo um privilégio, não um direito”, destacou.
A Lei de Imigração e Nacionalidade dos Estados Unidos, que data de 1952, não define explicitamente o sentimento antiamericano, que na época se centrava mais que tudo no comunismo.
No entanto, o governo Trump já tomou medidas duras para negar ou rescindir vistos de curto prazo a pessoas as quais considera que são contra os interesses da política externa americana, especialmente em relação a Israel.
As diretrizes mais recentes sobre decisões migratórias indicam que as autoridades também irão analisar se os solicitantes “promovem ideologias antissemitas”.
O governo Trump acusou estudantes e universidades de praticarem antissemitismo devido aos protestos contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
O Departamento de Estado anunciou, na segunda-feira, ter revogado 6 mil vistos de estudantes desde que o secretário de Estado, Marco Rubio, assumiu o cargo, em janeiro.
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