
Flotilha para Gaza prossegue viagem apesar das ‘manobras de intimidação’ israelenses

A flotilha de ajuda para Gaza, que nesta quarta-feira (1) está na costa do Egito, afirmou que prosseguirá a viagem, apesar das “manobras de intimidação realizadas durante a noite”, segundo os organizadores, por “navios militares israelenses”.
Depois de zarpar de Barcelona no início de setembro, a flotilha Global Sumud (“sumud” significa “resiliência” em árabe) se apresenta como uma “missão pacífica e não violenta”, e conta com mais de 40 barcos com centenas de militantes pró-palestinos procedentes de mais de 40 países.
Às 5h30 GMT (2h30 de Brasília), a flotilha indicou que estava no Mediterrâneo, ao norte da costa egípcia e próxima da marca de 120 milhas náuticas (220 quilômetros) do território palestino.
“Nas primeiras horas desta manhã, forças navais da ocupação israelense efetuaram manobras de intimidação contra a flotilha Global Sumud”, informaram os organizadores em um comunicado.
A ativista sueca Greta Thunberg, a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan e a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau estão entre os participantes da missão que busca “romper o bloqueio a Gaza” e fornecer “ajuda humanitária a uma população sitiada, que enfrenta fome e genocídio”.
Depois de partir da Espanha, a flotilha parou por 10 dias na Tunísia antes de retomar a viagem em 15 de setembro.
Um dos principais barcos da flotilha, o Alma, “foi cercado agressivamente por um navio israelense durante vários minutos”, informou o grupo no comunicado.
“Pouco depois, o mesmo navio repetiu as mesmas manobras de cerco diante do Sirius por um período prolongado, antes de se afastar”, acrescentou o grupo.
“Um barco de patrulha militar também se aproximou com uma enorme luz apontada para nós”, comentou a deputada francesa de esquerda Marie Mesmeur.
A flotilha afirmou ter sido atacada com drones em duas ocasiões anteriores, durante a escala na Tunísia, no dia 9 de setembro.
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