
Furacão perde força mas ainda ameaça costa leste dos EUA

O furacão Erin foi rebaixado para a categoria 2 nesta terça-feira (19), mas continuava ameaçando parte da costa leste dos Estados Unidos com inundações potencialmente perigosas, segundo meteorologistas.
A tempestade, que se intensificou em uma velocidade historicamente rápida e atingiu brevemente a categoria máxima na escala Saffir-Simpson, inundou casas e estradas em Porto Rico, no Caribe.
Embora o olho do furacão deva permanecer longe da costa, meteorologistas continuavam preocupados com a magnitude de Erin, que avançava com ventos fortes centenas de quilômetros além do seu núcleo.
Em seu boletim das 18h GMT (15h de Brasília), o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) suspendeu os alertas de tempestade tropical para as Bahamas e Turks e Caicos, mas os manteve para parte da Carolina do Norte, estado do qual o furacão se encontrava a centenas de quilômetros, enquanto seguia na direção noroeste.
“Isso significa que há risco de inundações potencialmente mortais, de 60 a 120 centímetros acima do nível do solo”, indicou o diretor do NHC, Michael Brennan, que acrescentou que existe a possibilidade de ondas destrutivas, que poderiam causar danos graves na costa e deixar estradas intransitáveis.
Uma faixa mais ampla do litoral, da Carolina do Norte ao sul da Virgínia, estava sob alerta de tempestade tropical de menor intensidade. Segundo a imprensa americana, dezenas de pessoas foram resgatadas de correntes perigosas.
A temporada de furacões no Atlântico Norte, que vai de junho a novembro, deve ser mais intensa neste ano, segundo autoridades meteorológicas americanas. O NHC monitora dois fenômenos depois do Erin: o primeiro tem 60% de chances de se tornar um ciclone na próxima semana, e o segundo, 30%.
Cientistas afirmam que o aquecimento global está intensificando os ciclones tropicais. Oceanos mais quentes geram ventos mais fortes, uma atmosfera mais quente aumenta as chuvas, e o aumento do nível do mar amplifica as marés ciclônicas. Também há evidências de que as mudanças climáticas estão aumentando a frequência de furacões.
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