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A guerra de Israel em Gaza e o colapso humanitário

Uma paisagem urbana devastada, com edifícios destruídos e tendas temporárias
Uma paisagem urbana devastada, com edifícios destruídos e tendas temporárias. Copyright 2025 The Associated Press. All Rights Reserved.

A campanha militar de Israel levou Gaza à beira do colapso humanitário. Esta reportagem busca documentar a escala do desastre humanitário no território a partir de Genebra, cidade que há décadas é o centro do direito humanitário e da diplomacia da ajuda internacional.

Na Faixa de Gaza, bairros inteiros estão em ruínas, hospitais estão sem combustível e medicamentos, e famílias são forçadas a deixar seus abrigos repetidamente. Um cessar-fogo que leve ao fim definitivo da guerra tem se mostrado difícil de alcançar.

A crise foi desencadeada por um ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, realizado pelo grupo militante palestino Hamas. O ataque a vários locais matou 1.195 pessoas e fez mais de 200 reféns, segundo dados oficiais fornecidos por Israel. Há dois anos, 48 reféns permaneciam em cativeiro na Faixa de Gaza. Apenas vinte estariam ainda vivos.

Em resposta, Israel lançou uma campanha militar que, segundo o governo, tem como objetivo destruir as capacidades militares e administrativas do Hamas e garantir a libertação dos reféns, ao mesmo tempo em que busca prevenir futuros ataques ao seu território.

A ofensiva resultou no conflito mais mortal e destrutivo da história de Gaza, onde o Hamas é a autoridade governante de fato desde junho de 2007. Mais de 66 mil palestinos foram mortos desde outubro de 2023, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

Israel afirma constantemente que está agindo de acordo com o direito internacional e que tem o direito de se defender.

Em Genebra, agências da ONU alertaram rapidamente que Gaza enfrentava fome iminente e inanição generalizada. Grupos internacionais de ajuda humanitária denunciaram os repetidos ataques de Israel a hospitais, trabalhadores humanitários e civis em busca de socorro. Eles continuam a apelar pelo fluxo irrestrito de ajuda humanitária.

Estes são os principais atores baseados em Genebra e o que eles fazem:

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A amplitude da violência em Gaza é tamanha que acusações de genocídio contra Israel chegaram à Corte Internacional de Justiça, em Haia.

Em 16 de setembro, a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre os Territórios Palestinos Ocupados concluiu que Israel cometeu genocídioLink externo contra palestinos na Faixa de Gaza.

>> Trecho da coletiva de imprensa da presidente da comissão de inquérito, Navi Pillay:

Israel nega as acusações, mas proíbe jornalistas internacionais de entrar em Gaza para testemunhar e verificar os fatos. São os agentes humanitários e jornalistas locais que terminam carregando esse fardo.

>> Clique AQUILink externo para ler a versão original completa da reportagem multimídia (em inglês).

Da insegurança alimentar à fome

Primeiros sinais de alerta

Em dezembro de 2023, o conflito havia forçado o deslocamentoLink externo de 1,9 milhão de palestinos. Em sua avaliação na época, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, sediado em Roma, relatou que metade das famílias deslocadas afirmou ter ido dormir com fome em pelo menos 10 das 30 noites anteriores, um aumento acentuado em relação a um terço das famílias na pesquisa anterior, realizada durante a trégua de novembro.

As principais etapas da crise humanitária

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Ajuda bloqueada

Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda em Gaza duas vezes durante o curso da guerra: a primeira, logo após o ataque do Hamas, por algumas semanas; e a segunda, em 2025, do início de março até 19 de maio.

Uma análise da Swissinfo, baseada em dadosLink externo do governo israelense, mostra que, desde o início da guerra, Gaza recebeu ajuda alimentar suficiente para atender às necessidades básicas apenas metade do tempo.

O território de Gaza precisa de cerca de 60 mil a 62 mil toneladas de alimentos por mês para suprir as necessidades calóricas diárias mínimas da população, de acordo com estimativasLink externo do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). No entanto, no período de 24 meses encerrado em setembro de 2025, esse limite foi alcançado apenas em 13 meses.

As agências humanitárias salientam que fluxos de ajuda alimentar estáveis, previsíveis e sustentados, em oposição a entregas esporádicas, são essenciais para aliviar a insegurança alimentar e prevenir a fome.

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Aumento dos preços de alimentos e devastação de terras agrícolas

Em Gaza, diferentemente de outras zonas de conflito, os moradores praticamente não têm oportunidade de cultivar alimentos, posto que apenas 1,5% das terras cultiváveis estão disponíveis para cultivo.

Os preços dos alimentos básicos dispararam desde o início da guerra.

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Sistema de ajuda da ONU entra em colapso

Até o início de 2025, as operações humanitárias em Gaza dependiam de um sistema de ajuda liderado pela ONU, que fornecia alimentos, medicamentos, água e abrigo em larga escala. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (ENUCAH) coordenou o esforço, a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) realizou a maioria das entregas e agências como a OMS, o PMA e a agência da ONU para a infância, UNICEF, forneceram apoio adicional.

Esse sistema entrou em colapso após março de 2025, quando Israel impôs o bloqueio total, proibiu a entrada de funcionários internacionais da ONU e promoveu canais alternativos de ajuda.

A perda da UNRWA

A UNRWA estava no centro desse sistema, administrando escolas, clínicas, abrigos e distribuindo alimentos para mais de 1,7 milhão de pessoas. No final de janeiro de 2025, Israel proibiu a agência de operar, alegando infiltração do Hamas; uma alegação que a UNRWA rejeita por considerá-la infundada e carente de evidências concretas.

Outras agências tiveram que intervir e expandir. Assim foi aberto o espaço para o surgimento de novos atores.

Fundação Humanitária de Gaza

A Fundação Humanitária de Gaza (FHG), apoiada pelos Estados Unidos e por Israel, foi registrada em Delaware em fevereiro deste ano e encarregada de coordenar a prestação de assistência humanitária. Ela foi lançada formalmente em maio, mas tem sido alvo de controvérsias desde sua criação.

A FHG abriu uma filial em Genebra em fevereiro, e o escritório na Suíça lhe conferiu uma identidade internacional. No entanto, em 2 de julho, a filial foi dissolvida pelas autoridades suíças por não cumprir os requisitos legais.

No final de maio de 2025, a FHG passou a operar quatro postos de distribuição de alimentos controlados por militares em Gaza. Segundo organizações humanitárias, esse novo sistema reduziu drasticamente o número de pontos de distribuição de ajuda de cerca de 400, durante a resposta coordenada pela ONU no período de cessar-fogo. A consequência foi um aumento significativo da fome, de acordo com dados da ONU.

Caos, mortes e ferimentos

Agentes da ONU, ONGs e grupos palestinos acusam a FHG de politizar e transformar a ajuda humanitária em arma, privando os beneficiários de dignidade e criando pontos de distribuição de ajuda que se tornaram armadilhas mortais. Médicos em Gaza foram os primeiros a soar o alarme sobre o derramamento de sangue próximo aos locais de distribuição administrados pela FHG.

Entre 7 de junho e 24 de julho de 2025, os dois centros de saúde da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) no sul de Gaza, ambos situados perto dos pontos de distribuição da FHG, trataram 1.380 feridos, incluindo 174 com ferimentos a bala, e receberam 28 corpos trazidos desses locais. Chamando o sistema de entrega de ajuda de “assassinato orquestradoLink externo“, a MSF enfatizou que os números representam apenas uma fração do total real de vítimas.

Em 16 de julho, 20 palestinos morreram ao serem esmagados pela multidão no ponto de distribuição de Khan Younis. A FHG atribuiu o incidente ao Hamas, descrevendo-o como parte de um esquema mais amplo do grupo militante para minar as operações da fundação.

Uma multidão de pessoas segurando potes e tigelas para receber comida.
Uma multidão de pessoas segurando potes e tigelas para receber comida. Afp Or Licensors

Fome oficialmente declarada

Em 22 de agosto de 2025, a Classificação Integrada da Segurança Alimentar, também conhecida como escala IPC, uma ferramenta desenvolvida para melhorar a análise da segurança alimentar e o processo de tomada de decisões, confirmou que a província de Gaza estava sofrendo com a fomeLink externo. Israel rejeitou as conclusões e solicitou a retirada do relatório.

Em 30 de setembro, Gaza registrou 411 mortes relacionadas à desnutrição em 2025, incluindo 108 crianças, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Suprimentos essenciais continuam escassos

Dados das autoridades de Israel mostram que o volume de ajuda alimentar e combustível que entrou em Gaza aumentou em agosto de 2025 e, em menor escala, em setembro. Isso ocorreu após um período de suprimentos severamente limitados logo após o bloqueio de três meses que terminou em maio.

Mas muitos produtos continuam em falta, principalmente equipamentos de abrigo, que estão em alta demanda. Desde o início do ano, quase nenhum gás de cozinha (GLP) entrou em Gaza e pequenas entregas de água só foram retomadas em agosto.

>> Trecho de uma entrevista concedida pelo presidente de Israel, Isaac Herzog, à Chatham House:

Até 12 de setembro de 2025, Gaza registrou 369 mortes relacionadas à desnutrição, incluindo 130 crianças, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As entregas de alimentos e combustíveis aumentaram em agosto. Já outros suprimentos permanecem escassos.

De acordo com dados do COGAT, o órgão militar israelense responsável pela coordenação da ajuda, o volume de assistência alimentar que entrou em Gaza aumentou em agosto de 2025, após um período de abastecimento extremamente limitado decorrente do bloqueio de três meses. As entregas de combustível também cresceram significativamente nesse período.

No entanto, a maioria dos outros tipos de suprimentos permaneceu em níveis muito baixos. Quase nenhum gás de cozinha foi enviado, e as entregas de água só foram retomadas em agosto, ainda assim em quantidades limitadas, totalizando 438 toneladas, pouco menos de um décimo do volume entregue em fevereiro. O envio de equipamentos para a construção de abrigos, por sua vez, foi o menor em quase um ano.

“Ainda há muitas coisas sendo rejeitadas, especialmente equipamentos e itens que podem ser considerados de uso duplo”, disse Olga Cherovka, porta-voz do ENUCAH em Gaza. “Para aqueles que sofreram desnutrição severa e meses e meses de privação… reverter esse dano exige muito mais do que simplesmente jogar um saco de farinha. É preciso nutrição específica, assistência médica específica”, afirmou.

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Sistema de saúde de Gaza sob ataque

Antes da escalada das hostilidades em outubro de 2023, a assistência médica em Gaza já estava sob pressão, prejudicada por múltiplas restrições e condições impostas por Israel, de acordo com o chefe de missão da MSF, Leo Cans, que estava alocado em Jerusalém e era responsável por Gaza em 2023. Mas, no geral, era “possível funcionar”, segundo Cans. “Esses hospitais foram atacados.”

Desde o início da guerra, ataques contra hospitais em Gaza mataram centenas de pessoas, a grande maioria delas (90%) pacientes ou funcionários.

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Quase um terço dos hospitais e enfermarias em Gaza foram destruídas e nenhuma está funcionando plenamente. Em 25 de agosto de 2025, Israel atacou novamente o Hospital Nasser, até então o último parcialmente funcional no sul de Gaza. O ataque matou pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas.

Um ferido sendpo transportado em uma maca.
Um ferido sendpo transportado em uma maca. KEYSTONE/DPA/Abed Rahim Khatib

Ajudar e testemunhar

O acesso humanitário na Faixa de Gaza é severamente restrito, com grupos de ajuda conseguindo operar em apenas cerca de 12% do território, de acordo com o ENUCAH.

As agências humanitárias fazem malabarismos para entregar ajuda onde podem, ao mesmo tempo em que documentam uma crise humanitária denunciada por especialistas da ONU como um genocídio, algo que a maioria da mídia internacional e local não consegue relatar a partir do terreno.

Desafios de acesso e logísticos

O trabalho humanitário em Gaza enfrenta atualmente enormes desafios logísticos, em um contexto de ameaça permanente e de deslocamentos repetidos da população.

Apenas uma fração das missões de ajuda humanitária tem obtido sucesso. Desde 18 de março, quando Israel lançou um ataque surpresa à Faixa de Gaza, encerrando um período de cessar-fogo com o Hamas, o país aprovou 39% das missões de ajuda solicitadas e negou 34%. Em agosto, contudo, houve uma melhora perceptível no acesso.

Dezessete por cento das missões de ajuda humanitária enfrenta impedimentos ao iniciar suas atividades. Embora a Administração de Coordenação e Ligação (ACL) de Israel aprove os pedidos, a movimentação em terra é frequentemente bloqueada ou atrasada, o que resulta no cancelamento das missões. Além disso, as organizações humanitárias cancelam cerca de 10% de suas solicitações devido a problemas logísticos, operacionais ou de segurança.

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“O principal problema continua sendo o acesso, bem como o volume (de ajuda) que está chegando”, disse Olga Cherovka, porta-voz do ENUCAH em Gaza. “Neste momento, a maior prioridade é garantir que os grupos mais vulneráveis sejam alcançados e priorizados.”   

Dever humanitário, custo humano

A guerra está testando não apenas a resiliência dos palestinos em Gaza e dos trabalhadores humanitários que tentam ajudá-los, mas a própria relevância do Direito Internacional Humanitário (DIH)

Este protege civis, especialmente mulheres e crianças, feridos e doentes, prisioneiros de guerra, trabalhadores humanitários ou médicos, bem como jornalistas que não participam de hostilidades. Mas essas proteções não estão sendo mantidas em Gaza.

A guerra já custou a vida de mais de 66 mil palestinos, segundo dados citados pelo ENUCAH e originados do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. Mulheres e crianças representam quase metade das mortes.

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O conflito mais mortal já registrado para trabalhadores humanitários e jornalistas

As operações humanitárias em Gaza enfrentam riscos extremos, com 2025 já sendo o ano mais letal para os trabalhadores humanitários no território desde o início da guerra.

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A maioria das vítimas humanitárias em Gaza são funcionários da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

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Enquanto trabalhadores humanitários internacionais ajudaram a explicar Gaza ao Ocidente, jornalistas palestinos foram cruciais na documentação de eventos em campo.

Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), pelo menos 197 jornalistas e profissionais da mídia foram mortos em Gaza desde o início da guerra. Outras organizações divulgam números mais altos de mortes, incluindo a Repórteres sem Fronteiras (220) e o Sindicato Palestino de Jornalistas (250).

O número de mortes de 82 em 2024 fez deste o ano mais mortal para jornalistas e profissionais da mídia desde que os registros começaram em 1992.

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Possivel trégua?

Em 15 de setembro, Israel lançou uma ofensiva terrestre sobre a cidade de Gaza, enviando tanques e tropas para vários bairros estratégicos.

Desde então, centenas de milhares de palestinos fugiram para o sul, enquanto aqueles que permaneceram no local sofrem com bombardeios e escassez de alimentos, água e medicamentos. As organizações humanitárias alertam para deslocamentos em massa, um aumento no número de vítimas e um agravamento dramático da crise humanitária.

Diplomacia se intensifica

A pressão internacional para pôr fim à guerra aumenta, enquanto a ofensiva israelense sobre a cidade de Gaza continua. Em 12 de setembro, a Assembleia Geral da ONU adotou a “Declaração de Nova York”, que apoia uma solução de dois Estados para resolver o conflito israelo-palestino. O texto foi aprovado com 142 votos a favor, 10 contra e 43 abstenções.

A solução de dois Estados prevê a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como capital, com base nas fronteiras existentes antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967.

A declaração apela à criação de um Estado palestino “viável” ao lado de Israel, a um cessar-fogo imediato, à libertação dos reféns, ao desarmamento do Hamas e ao fim da crise humanitária.

Em setembro, o Reino Unido, o Canadá, a Austrália, Portugal, a França, a Bélgica, Luxemburgo, Malta, Andorra e Mônaco reconheceram a Palestina como Estado, juntando-se a mais de 140 países em todo o mundo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o reconhecimento da Palestina como uma “recompensa absurda ao terrorismo” e afirmou que fará de tudo para que isso nunca aconteça.

Um avanço decisivo?

Em um avanço diplomático surpreendente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 9 de outubro que Israel e o Hamas concordaram com um acordo há muito esperado de cessar-fogo e libertação de reféns. O acordo em fases também prevê o fluxo irrestrito de ajuda a Gaza.

“A ONU apoiará a implementação total do acordo e ampliarão a entrega de ajuda humanitária sustentável e baseada em princípios, e promoveremos os esforços de recuperação e reconstrução em Gaza”, disse Antonio Guterres.

O secretário-geral da ONU exortou todas as partes a “aproveitarem esta oportunidade importante para estabelecer um caminho político credível para o fim da ocupação, reconhecendo o direito à autodeterminação do povo palestino e alcançando uma solução de dois Estados que permita que israelenses e palestinos vivam em paz e segurança.”

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Gaza em ruínas

Muitos especialistas afirmam que as chances de um Estado palestino “viável” parecem pequenas enquanto Gaza está em ruínas e a expansão dos assentamentos israelenses continua na Cisjordânia.

A UNOSAT, agência que fornece análises por satélite à ONU, identificou quase 193 mil edifícios danificados na Faixa de Gaza, o que corresponde a cerca de 80% de todas as construções do território. Dados da ONU indicam que 436 mil residênciasLink externo (92% do total), quase 3.500 quilômetros de estradas (77% da rede viáriaLink externo) e mais de 90% das escolas foram destruídas ou danificadas.

Cerca de 70% das instalações de abastecimento de água e saneamento de Gaza estão localizadas dentro de zonas militarizadas israelenses, o que as torna, em grande parte, inacessíveis à população civil.

A guerra atual em Gaza já gerou mais destroços do que a soma dos conflitos mais destrutivos dos últimos anos.

Edição: Nerys Avery e Virginie Mangin

Adaptação: DvSperling

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