
Incêndios em Portugal provocam terceira morte

Um homem morreu em um acidente durante as operações de combate aos incêndios no norte de Portugal, o que eleva para três o número de óbitos provocados pelas chamas desde o final de julho, anunciou nesta quarta-feira (20) a Proteção Civil.
A vítima “trabalhava para uma empresa contratada pela prefeitura de Mirandela para ajudar nas operações de luta contra os incêndios”, declarou o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O homem faleceu em um acidente com equipamentos de construção. Santos informou que a vítima tinha 75 anos, mas as autoridades do município onde ocorreu o incidente declararam à AFP que ele tinha 65 anos.
Portugal continua lutando nesta quarta-feira contra quatro grandes incêndios, em particular no norte e no centro do país. Mais de 2.600 bombeiros foram mobilizados, além de 20 aviões e helicópteros.
As críticas sobre a gestão dos incêndios são cada vez mais intensas e a oposição exige explicações do governo. O secretário de Estado para Proteção Civil, Rui Rocha, reconheceu na terça-feira que pode ter acontecido “alguma desorganização pontual devido à complexidade do terreno de intervenção”, em uma entrevista ao canal de televisão Sic Notícias.
O governo, no entanto, garantiu que avalia “desde o primeiro dia” os danos provocados pelos incêndios para identificar rapidamente as perdas e adotar as ajudas necessárias para as pessoas afetadas.
Segundo os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), um indicador do observatório europeu Copernicus, as chamas destruíram mais de 261.000 hectares desde o início do ano em Portugal, contra 143.000 de todo ano de 2024.
A Espanha também enfrenta incêndios, em particular no meio-oeste do país, nas regiões de Castilla y León, Galícia e Extremadura, onde milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.
Segundo o Copernicus, quase 373.000 hectares foram queimados na Espanha desde o início do ano.
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