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Mini-OMC em Davos

Annan solicita o apoio da economia internacional no combate à fome e às desigualdades. (foto: WEF) Remy Steinegger

Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, participou hoje no encontro do Fórum Econômico Mundial e afirma que logo tomará uma decisão quanto ao envio de funcionários da ONU ao Iraque.

Ao mesmo tempo, mais iniciativa de paz para o Oriente Médio foi lançada.

Koffi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, conclamou hoje pela manhã o empresariado internacional presente no Fórum Econômico Mundial em Davos a participar no combate contra a pobreza e às desigualdades no mundo. Annan também revelou que logo tomará uma decisão quanto ao envio de equipes da ONU ao Iraque.

Outro fato importante no WEF 2004 é o encontro informal de 20 ministros de comércio, vindos em grande parte de países em desenvolvimento.

Grupos antiglobalização como os que se encontram no evento alternativo em Davos “Public Eye” criticam a reunião, afirmando que os ministros de comércio estão sendo influenciados por lobbys de empresários, que querem influenciar nas decisões tomadas na Organização Mundial do Comércio.

Paz no Oriente Médio

A partir da próxima semana, israelenses e palestinos poderão votar sobre a paz na internet. A iniciativa se chama “One Voice” e foi lançada em Davos pela ONG “Peace Works Foundation”, uma organização conjunta de palestinos e israelenses com sede em Nova Iorque. Dentre as personalidades que apóiam o grupo estão Edgar Bronfman, presidente do Congresso Mundial Judaico, e pelo ex-secretário de Estado americano Stuart Eizenstat.

Durante a votação on-line, israelenses e palestinos irão responder dez perguntas sobre a paz. Dentre elas, estão a proposta de criação de dois Estados, o recuo de Israel às fronteiras de 1967 ou a troca de terras, a divisão de Jerusalém e o desarmamento dos grupos radicais de palestinos. A questão dos refugiados deve ser solucionada com ajuda da ONU, como está destacado no questionário on-line.

Lições de terrorismo

Os participantes do Fórum Econômico Mundial não querem perdem tempo e mostram que até o terrorismo pode inspirar novas práticas empresariais.

Um dos debates mais curiosos ocorridos ontem em Davos colocou na mesma mesa empresários e especialistas antiterror como o escritor americano Bruce Hoffman, autor de vários livros sobre a al-Qaida, a organização terrorista do milionário saudita Osama Bin Laden.

Hoffman explicou que a al-Qaida se transformou numa das marcas mais marcantes da história. Ele também lembrou que a experiência de Osama Bin Laden no mundo dos negócios vem da sua formação em economia e administração pública e que, posteriormente, o terrorista chefe ainda estagiou na construtora da família Bin Laden.

Alguns participantes do debate chegaram a comparar os métodos de recrutamento de novos membros na al-Qaida com aqueles empregados nas multinacionais.

al-Qaida é uma organização terrorista descentralizada, onde pequenas células decidem e organizam atentados sem necessariamente necessitar da autorização ou apoio das lideranças.

Um dos presentes ao debate chegou mesmo a brincar com o tema. Aart De Geus, presidente da companhia americana Synoposis, afirmou que a maior diferença entre a direção de uma empresa e uma organização terrorista é que terroristas conseguem convencer pessoas a morrer por uma causa.

swissinfo com agências

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