Miss Universo mexicana denuncia campanha de ‘violência’
A mexicana Fátima Bosch, que há alguns dias ganhou a faixa de Miss Universo 2025, afirmou nesta terça-feira (25) que há uma campanha de ódio contra ela, após uma onda de críticas nas redes sociais devido a questionamentos de um ex-jurado do concurso.
A participação da mexicana na disputa esteve marcada desde o início por escândalos que lhe renderam o apoio de feministas, mas também acusações de que sua vitória foi manipulada.
“Nos últimos dias, recebi insultos e ataques, e até mesmo desejos de morte por uma única razão: porque ganhei”, escreveu a jovem modelo e designer de 25 anos no Instagram.
Em uma longa mensagem, Bosch declarou ser “uma mulher que, como milhões no mundo, viveu na pele a violência que nasce do ódio, da desinformação, da incapacidade de alguns de verem uma mulher brilhar”.
A onda de críticas começou dois dias antes de sua coroação, com a renúncia de dois dos oito jurados do concurso.
Um deles, o francês Omar Harfouch, afirmou em um comunicado no Instagram que a competição foi manipulada por uma “votação secreta e ilegítima” realizada sem o júri oficial.
“Essa votação foi realizada por pessoas que não são membros reconhecidos do júri oficial”, escreveu o compositor francês.
Uma das mensagens dirigidas a Bosch nas redes sociais, que ela reproduziu em sua publicação, dizia: “Espero que você morra amanhã. Você e sua família! Fraude! Que vergonha! Espero que você nunca encontre a felicidade e que seu karma chegue logo. Morra, vadia!”.
Posteriormente, apareceram na mídia mexicana publicações questionando supostos negócios entre Bernardo Bosch, pai da jovem, e o presidente do Miss Universo, Raúl Rocha, também mexicano.
Semanas antes da final, a mexicana protagonizou um dramático embate com um executivo do concurso que a questionou e até a chamou de “burra” por um aparente descumprimento das regras ao publicar conteúdo em suas redes sociais.
Na ocasião, Bosch saiu furiosa da sala, seguida por algumas de suas colegas que se solidarizaram com ela.
“O mundo precisa testemunhar isso, porque somos mulheres independentes e este espaço nos permite fazer nossas vozes serem ouvidas”, declarou à imprensa da Tailândia, sede do Miss Universo 2025.
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