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Médicos relativizam “síndrome dos Bálcãs”

OTAN/Kosovo/uranio swissinfo.ch

A "Síndrome dos Bálcãs" - contaminação resultante de utilização de armas americanas com urânio empobrecido na guerra em Kosovo e que assusta a Europa - apresenta risco "negligenciável" para soldados suíços, diz especialista.

O médico-chefe do Exército Suíço, Dr Peter Eichenberger, considera muito relativo o risco de contaminação para 900 soldados suíços (da Swisscoy), a serviço em Kosovo e na Bósnia. Isso porque, diz ele, a OTAN – a aliança militar ocidental – não utilizou munições com urânio empobrecido na zona onde trabalham.

Especialista do conceituado laboratório atômico e químico de Spiez, perto de Berna, Hans Schmid, frisou que somente contato prolongado com objetos contaminados pode ter efeito sobre a saúde.

Representante da DDC, Divisão Federal de Cooperação, Toni Frisch, também em coletiva a imprensa, lembrou que pelo menos 250 civis trabalharam ou trabalham em Kosovo para a DDC desde o início do conflito. E 150 outros foram à região em missão de observação ou a serviço de organizações humanitárias.

Toni Frisch disse que sua primeira preocupação é saber se a utilização de armas contendo urânio tem conseqüências para as populações locais, para os refugiados na Suíça que voltam a Kovoso e para membros de organismos de ajuda.

Quanto ao chefe do Estado Maior do Exército, Hans-Ulrich Scherer, ele garante que tudo fará “para esclarecer o problema”.

O embaixador suíço junto à OTAN, Anton Thalmann, foi encarregado já na quinta-feira de solicitar informações complementares à aliança militar ocidental.

Em meados da semana, morte suspeita e fulminante de mais 6 soldados italianos que serviram na ex-Iugoslávia, foi atribuída a contaminação nuclear. A Itália pediu esclarecimentos à OTAN e recebeu apoio imediato da França, Bélgica e Portugal.

Outras mortes suspeitas de soldados que serviram na ex-Iugoslávia ocorreram na Bélgica, Holanda e Portugal. E quatro soldados franceses sofrem de leucemia (câncer do sangue)…

A Espanha anunciou recentemente intenção de submeter a exame médico os 30 mil militares do país que serviram nos Bálcãs desde 1992. Portugal, Finlândia, Turquia, Bulgária e República Checa decidiram fazer o mesmo. A Suíça estuda ainda a questão que assume proporções inesperadas…

A OTAN prometeu um estudo científico da questão para o mês de março.

swissinfo com agências.

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