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Atentado na embaixada suíça em Roma

A embaixada suíça em Roma, local do atentado. Keystone

Um pacote contendo explosivos entregue quinta-feira (23) na embaixada suíça em Roma causou ferimentos graves em um funcionário. Um caso similar ocorreu na embaixada do Chile, também na capital italiana.

Todas as outras embaixadas ficaram em estado de alerta em Roma depois desses incidentes. Segundo a mídia italiana, as investigações privilegiam uma pista anarquista.


O atentado na embaixada da Suíça em Roma provocou feridos graves nas mãos de um cidadão suíço de 53 anos, responsável pela correspondência na embaixada. O artefato explodiu em suas mãos quando abriu o pacote. Outro funcionário ficou psicologicamente chocado com o ocorrido.

O ferido foi imediatamente levado para Policlínica Umberto I, em Roma. A polícia italiana chegou rapidamente ao prédio da embaixada, situado na zona norte da cidade, e iniciou as investigações.

De acordo com o embaixador suíço em Roma, Bernardino Ragazzoni, o funcionário suíço está fora de perigo, mas suas mão foram gravemente feridas.

Um pouco mais tarde, outra bomba explodiu na embaixada do Chile. Conforme embaixador chileno, Oscar Godoy, o funcionário está foram de perigo, embora tenha sido submetido a uma cirurgia.

Em Berna, a ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, declarou que esse tipo de atentados são imperdoáveis e endereçou mensagem às vítimas, sublinhando desejos de pronta recuperação, segundo a agência de notícias ATS.

  Pista anarquista

Em ambos os incidentes presume-se que os pacotes – do tamanho de um uma fita de vídeo, dentro de um envelope amarelo – venham do mesmo remetente, segundo a agência de notícias italiana ANSA.

“Até o momento, não temos conhecimento de nenhuma reivindicação. A polícia respondeu imediatamente e faz seu trabalho”, comunicou a embaixada suíça em Roma, pouco tempo depois da explosão.

Conforme as agências de notícias italianas, os peritos do combate ao terrorismo parecem privilegiar a pista de uma autoria anarquista.

Essas fontes assinalam o fato de que vários anarquistas italianos estão atualmente presos na Suíça. Entre eles figuram três ativistas – dois italianos e um suíço residente na Itália – detidos em 15 de abril passado em Zurique, suspeitos de planejar um atentado à sede de uma empresa de tecnologia em Rüschlikon, subúrbio de Zurique.

Também é mencionado a eventual participação do “eco-terrorista” suíço Marco Camenisch, preso na Itália desde 1991, condenado pelo assassinato de um trabalhador das alfândegas em Brusio, no cantão dos Grisões (leste).

O chanceler italiano Franco Frattini condenou energicamente os atentados. Expressou sua solidariedade aos “amigos suíços” e a todo o pessoal da embaixada helvética.

 Em Berna, suspeita sem consequências

 

Em Berna, a embaixada da União Europeia foi parcialmente evacuada depois de receber  um pacote suspeito quinta-feira à tarde. No entanto a polícia comunicou que o pacote não continha nenhum objeto perigoso. Isso ocorreu depois dos atentados de Roma.

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