Visita de ministro do Exterior a mina da Glencore irrita ONGs
Keystone
Como parte de sua viagem de cinco dias à África, o ministro das Relações Exteriores da Suíça, Ignazio Cassis, visitou uma mina de cobre. Agora ele enfrenta críticas.
Este conteúdo foi publicado em
2 minutos
English
en
Swiss diplomacy chief’s Glencore mine visit irritates NGOs
original
A viagem começou no Zâmbia na segunda-feira, com uma visita às minas de cobre de Mopani, cujo acionista majoritário é a multinacional suíça Glencore.
O chefe da diplomacia suíça queria ver por si mesmo as condições de trabalho e emprego neste setor, que é responsável por 15,4% do PIB do país, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores.
No Twitter, Cassis disse que ficou impressionado com os esforços para modernizar a indústria e treinar jovens.
Conteúdo externo
Premières impressions de Zambie 🇿🇲: visite des installations de Mopani Copper Mines. Impressionné par les efforts en faveur de la modernisation des installations et de la formation des jeunes. pic.twitter.com/2BduUDPzHwLink externo
Mais tarde naquele dia, a Allianz SudLink externo, um grupo de interesse que monitora a política suíça no campo do desenvolvimento sustentável, questionou se Cassis havia encontrado algum crítico local.
Na quarta e quinta-feira, a rádio pública suíça SRFLink externo relatou a controvérsia, observando que, de acordo com a organização não-governamental de direitos humanos Public EyeLink externo, a Glencore não tem pagado impostos consistentemente na Zâmbia. A reportagem, que citava relatórios de campo de um editor da SRF, também mencionou que as emissões da mina de cobre estavam afetando a saúde dos habitantes locais e criticou a dependência do Ministério das Relações ExterioresLink externo da Glencore.
Diretrizes de direitos humanos
Em novembro, o governo suíço publicou diretrizes de direitos humanos para empresas que operam no setor de commodities. Separadamente, também foi publicado um relatório analisando os desafios atuais e as tendências emergentes neste setor de importância estratégica para a Suíça.
A Glencore, a maior empresa de mineração do mundo, com sede no cantão suíço de Zug, recebe críticas regulares de grupos de vigilância suíços sobre questões ambientais e de direitos humanos ligadas às minas de cobre e cobalto na República Democrática do Congo.
O foco da viagem do ministro era fortalecer as relações políticas e econômicas com Zâmbia, Zimbábue e África do Sul, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.
Durante sua permanência no continente africano, Cassis também visitou projetos apoiados pela Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (SDC), particularmente no campo da prevenção e tratamento do HIV / Aids.
swissinfo.ch/ets
Mais lidos
Mostrar mais
Suíça volta a ser o país mais competitivo do mundo
Na Suíça, falta moradia e os aluguéis disparam. A imigração cresce, mas a construção não acompanha. Gentrificação avança e a crise habitacional se agrava. Acontece o mesmo onde você vive?
Este conteúdo foi publicado em
Ladrões roubaram um anel histórico de um museu em Basileia. O objeto foi um presente do czar russo Alexandre I ao seu anfitrião na Basileia, em 1814.
Este conteúdo foi publicado em
A grande maioria dos suíços dá gorjeta nos restaurantes – e de preferência em dinheiro. No entanto, existem diferenças regionais.
Este conteúdo foi publicado em
Uma pesquisa revela que cada vez menos pessoas na Suíça têm uma afiliação religiosa e que a proporção daqueles que praticam sua religião regularmente está diminuindo constantemente.
Imigração clandestina para a Suíça cai pela metade em um ano
Este conteúdo foi publicado em
A imigração ilegal para a Suíça diminuiu significativamente. Os números de janeiro a maio mostram que apenas metade do número de estadias ilegais foi registrada em comparação com o mesmo período do ano passado.
Este conteúdo foi publicado em
O Parlamento aprovou por unanimidade a contraproposta direta do governo à iniciativa popular do Movimento pela Liberdade Suíço.
Maioria dos idosos suíços usa internet regularmente
Este conteúdo foi publicado em
A exclusão digital está diminuindo mais rápido do que o esperado na Suíça. Um estudo publicado na quarta-feira revela que nove em cada dez pessoas com mais de 65 anos usam a internet.
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.
Consulte Mais informação
Mostrar mais
Como traders garantem diligência prévia em países de alto risco
Este conteúdo foi publicado em
As empresas negam infrações cometidas no país sul-americano, mas a alta frequência de alegações de corrupção neste setor, centradas em intermediários problemáticos, levanta a questão de como os traders de commodities garantem a devida diligência prévia em países de alto risco. “Os casos e investigações envolvendo o setor de commodities sugeririam que, em muitos casos,…
Este conteúdo foi publicado em
Impostos baixos, mão de obra qualificada e estabilidade econômica ajudaram a Suíça a atrair e construir algumas das maiores empresas multinacionais. Mas qual é o seu valor econômico e o que elas devolvem à sociedade? As multinacionais são apenas 5% de todas as empresas… Os melhores dados disponíveis indicam que há aproximadamente 25.500 multinacionais estrangeiras…
Com a confiança caindo globalmente, pode a Suíça permanecer uma exceção?
Este conteúdo foi publicado em
De acordo com pesquisas globais, estamos vivendo uma era de desconfiança. Em 2018, o Barômetro de Confiança Edelman mostrou que, globalmente, a confiança havia em geral despencado nos últimos anos, com poucos sinais de recuperação. Vinte dos 28 mercados pesquisados estão em território desacreditado, um aumento em relação ao ano anterior, e os Estados Unidos…
Este conteúdo foi publicado em
Há alguns dias, representantes do sindicato reuniram-se com cerca de 80 trabalhadores das minas de cobalto de Kolwezi, exploradas pela Glencore na RDC. Eles se queixaram de condições equivalentes a “nada menos que a escravidão”, afirmou IndustriALL em comunicado de imprensa na quinta-feira (22). Os trabalhadores mencionaram ameaças regulares de demissão, práticas de saúde e…
Grandes nomes suíços vêm à tona nos ‘Paradise Papers’
Este conteúdo foi publicado em
Um dos nomes mais interessantes para as autoridades suíças é Jean-Claude Bastos, suíço-angolano fundador e CEO da Quantum Global Group, uma empresa de investimento internacional com foco na África, e que já havia sido condenado por outros crimes. Os documentos citam o nome de diversas personalidades suíças que tiveram relações comerciais com a Bastos, incluindo um ex-ministro do gabinete suíço…
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.