O Kremlin nega que estava por trás das violações do direito humanitário na Ucrânia.
Keystone / Yuri Kochetkov
O Ministério das Relações Exteriores russo criticou o que chamou de compreensão "arbitrária" da história do Presidente suíço Ignazio Cassis, bem como a posição neutra da Suíça em relação à guerra da Ucrânia.
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Keystone-SDA/dos
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Russia criticises Swiss diplomatic reaction to Ukraine
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Em uma declaração publicada no Twitter na terça-feira pela embaixada russa em Berna, a porta-voz diplomática Maria Zakharova criticou Cassis (também Ministro das Relações Exteriores suíço) por uma entrevista que deu ao jornal luxemburguês Le Quotidien.
Na entrevista, Cassis disse que o ataque russo à Ucrânia marcou o encerramento “de uma era – desde o fim da Segunda Guerra Mundial – quando nenhuma nação soberana e democrática do continente [europeu] havia sido atacada”.
Para Zakharova, isto não é correto: “a erosão dos fundamentos do período pós-guerra e a destruição do direito internacional foram o resultado de bombas e mísseis lançados pela OTAN em cidades pacíficas da Iugoslávia em 1999”, disse a declaração russa.
“Esta interpretação arbitrária, baseada em motivos políticos”, é “totalmente inaceitável”, disse ela.
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Zakharova também aproveitou a oportunidade para criticar a reação suíça às valas comuns descobertas em Bucha, na periferia de Kyiv, na semana passada.
O Ministério das Relações Exteriores suíço “ignorou nossa declaração detalhada após os crimes bárbaros cometidos pelo regime ucraniano em Bucha e Kramatorsk, e colocou sem reservas toda a responsabilidade do lado russo”, disse Zakharova.
Condenando tais “declarações” suíças, ela acrescentou que espera que, para o governo suíço, o princípio de neutralidade não se trate apenas de “palavras bonitas”.
A Suíça tem seguido as sanções da União Europeia contra a Rússia e tem condenado regularmente tanto a invasão quanto as supostas violações do direito humanitário internacional que têm surgido desde então.
Um mês atrás, após a onda inicial de sanções ter sido imposta, a Rússia já colocou a nação alpina em uma lista de cerca de 50 países “hostis”.
Contatado pela agência de notícias Keystone-SDA na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores suíço recusou-se a dar uma resposta à declaração russa.
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