Suíça estabelece metas para mandato no Conselho de Segurança da ONU
Se a Suíça for aprovada no Conselho de Segurança das Nações Unidas por um mandato de dois anos, o governo quer concentrar seus esforços diplomáticos na promoção da paz e na mudança climática.
Na quarta-feira, o executivo publicouLink externo uma lista de quatro prioridades se a Suíça receber um dos dois lugares não permanentes vagos para 2023-2024: construção da paz e prevenção de conflitos, proteção humanitária, segurança climática e reformas do próprio Conselho de Segurança, para torná-lo mais transparente e incluir melhor as vozes dos países não-membros.
O governo disse que todas essas áreas prioritárias se baseariam no que descreveu como os “pontos fortes centrais” da Suíça: experiência em diálogo e construção de consenso, e especialização em facilitar a resolução pacífica de disputas.
O país também poderia usar seu papel como sede da Genebra Internacional – as redes de organizações internacionais, incluindo a sede européia da ONU – para encontrar soluções para os problemas internacionais, disse ele.
Candidatura histórica
Pela primeira vez em sua história – e apesar de alguns debates políticos internos ligados ao status neutro do país – a Suíça é candidata a um assento não permanente no Conselho de Segurança, onde se sentaria ao lado de outros nove membros temporários e dos cinco permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e EUA).
Há dois lugares vagos para o período 2023-2024, e somente Malta está fazendo lobby para o outro. Mas enquanto o país ainda precisa receber o apoio de pelo menos dois terços dos membros da Assembléia Geral da ONU em 9 de junho, as chances da Suíça são boas, como o Ministro das Relações Exteriores Ignazio Cassis, que também ocupa o posto rotativo de presidência, disse à agência de notícias Keystone-SDA em Davos esta semana.
“Há cinco anos eu venho empurrando [a candidatura suíça] todos os dias”, disse Cassis. “Acho que posso dizer que tudo foi feito, e não esperamos surpresas”.
Quanto à lista de prioridades do governo, isto será discutido em detalhes pelos comitês parlamentares de relações exteriores antes que o governo tome uma decisão final.
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