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Rio 2016 acha que a cidade será ainda mais maravilhosa

Carlos Nuzman durante entrevista coletiva quinta-feira (12), em Lausanne. Keystone

Em termos de reurbanização, o Rio de Janeiro vai ultrapassar Barcelona como modelo com os Jogos Olímpicos de 2016.

Este conteúdo foi publicado em 12. maio 2011 minutos
Claudinê Gonçalves, Lausanne, swissinfo.ch

A afirmação é do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador da Rio 2016 (Riocog), Carlos Nuzman, reiterada diante de alguns jornalistas quinta-feira (12/5), na Casa Internacional do Esporte, em Lausanne.

De um entusiasmo inabalável, o presidente do COB e do Riocog  Carlos Nuzman, diz que o Rio de Janeiro vai se tornar “um modelo para outras cidades” depois  Jogos Olímpicos de 2016.

Ao apresentar o projeto à imprensa em Lausanne - cidade suíça da região oeste e conhecida como capital olímpica – Nuzman falou dos quatro bairros em que serão construídas as instalações (Barra, Copacabana, Deodoro e Maracanã) e da linha 4 do metrô que vai integrar os quatro polos dos jogos. Algumas das instalações dos Panamericanos serão reaproveitadas.

Insiste também na recuperação da zona portuária e na pacificação das favelas, sabendo que a segurança é uma questão recorrente na imprensa internacional quando da se fala da Copa de 2014 e dos JO de 2016.

Leia a seguir trechos da entrevista que Carlos Nuzman concedeu à swissinfo.ch.

swissinfo.ch: Os atrasos nas obras da Copa do Mundo não podem prejudicar o calendário da Rio 2016?

Carlos Nuzman: Os comitês de organização são diferentes. Nós não temos qualquer relação com o comitê da Copa, da mesma maneira que o comitê da Copa não tem conosco. As obras que os governos estão fazendo é uma questão de relação dos governos, separadamente, com um e com outro.  Eu não tenho dúvida que a Copa do Mundo será um grande sucesso no Brasil . Vai atender a todos os requisitos, o esforço do governo brasileiro tem sido muito grande e tenho certeza que será um sucesso enorme.

swissinfo.ch: Como está a arrecadação de recursos para 2016?

C.N.: Como estabelece o Comitê Olímpico Internacional (COI), existem dois orçamentos: o comitê organizador, que eu presido, tem um orçamento só para organizar os jogos.  As obras e a infraestrutura (segurança, saúde, etc.) são da responsabilidade dos governos, com orçamentos deles.

swissinfo.ch: Mas o comitê organizador está captando recursos?

C.N.: O Comitê Organizador tem direito de ter os seus patrocinadores e vai receber também uma ajuda do COI, mas isso só mais perto dos Jogos é que vamos saber.

swissinfo.ch: Como ficam a exploração das marcas do Comitê Olimpico?

C.N.: Vamos trabalhar as marcas depois dos Jogos de Londres, em 2012. Não podemos trabalhar antes porque Londres ainda está vendendo, mas certamente faremos uma série de licenciamentos.

swissinfo.ch: E os direitos de transmissão dos Jogos?

C.N.: Os direitos foram negociados e vendidos pelo Comitê Olímpico Internacional.  Não tem nada a ver com o Comitê Organizador. Para o Rio 2016, os direitos foram vendidos para a Rede Globo, a Rede Record e a Rede Bandeirantes.

swissinfo.ch: Quando serão negociados os contratos de publicidade?

C.N.: Esse é o longo processo que vai de agora até os Jogos. Por enquanto as atenções e os holofotes estão em Londres. Depois é que voltarão para nós.

swissinfo.ch: O governo federal criou a Autoridade Pública Olímpia (APO) para coordenar  as esferas federal, estadual e municipal e nomeou o ex-ministro Enrique Meirelles. Como é essa relação?

C.N.: Excelente. Já tivemos reuniões e não vejo nenhum problema. Ao contrário. Acho que vai ser mais um demonstração que trabalhamos em conjunto com os governos e essa foi uma das razões da nossa vitória.

swissinfo.ch: Como será o Rio depois de 2016?

C.N.: Será o maior exemplo de transformação de uma cidade por conta dos Jogos Olímpicos. O Rio vai substituir Barcelona como exemplo para futuras candidaturas olímpicas.

Rio 2016

Duração de 17 dias

11 mil atletas de 205 países e 44 modalidades

Esperados 40 mil jornalistas

Centro de mídia a ser construído na Barra

US 51 bilhões (estimativa do volume de entrada para a economia brasileira).

Paraolímpicos

Duração de 12 dias

4.200 atletas competindo em 22 modalidades.

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