
Sánchez propõe pacto nacional para enfrentar ‘emergência climática’ em meio aos incêndios na Espanha

O chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, que visitou Ourense, na região noroeste da Galiza, uma das regiões mais afetadas pelos incêndios, anunciou neste domingo (17) um “pacto de Estado pela emergência climática” que deixará de lado “disputas partidárias e questões ideológicas”.
“O governo espanhol trabalhará a partir de agora para que, em setembro, possamos ter as bases deste pacto de Estado para a mitigação e adaptação à emergência climática”, declarou Sánchez, garantindo que tudo será feito para garantir que as vítimas dos incêndios possam retornar “à vida normal” o mais rápido possível.
Para isso, acrescentou o socialista, é necessário focar “nas evidências científicas” e agir em conformidade “diante do agravamento e da aceleração dos efeitos da emergência climática em nosso país”.
Isso envolverá “todas as administrações públicas, não apenas elas, mas também os grupos parlamentares do poder Legislativo, a sociedade civil como um todo, a ciência, as empresas, os sindicatos — em suma, todo o país”.
Nos últimos dias, mais de 70.000 hectares foram queimados na Espanha, e mais de 157.000 desde o início do ano, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).
Os incêndios têm estado no centro das atenções do debate político nos últimos dias, pois, na Espanha, a gestão é de responsabilidade das comunidades autônomas, mas o governo central pode intervir quando a situação se agrava.
Especialistas estimam que a mudança climática aumenta a intensidade, a duração e a frequência das ondas de calor extremas que alimentam os incêndios florestais.
A agência meteorológica Aemet informou que “temperaturas extraordinariamente altas” são esperadas neste domingo, levando a “risco extremo de incêndios na maior parte do país”.
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