A Suíça enviou telegrama cumprimentando o presidente eleito dos USA, George W. Bush, afirmando ter a convicção de que a colaboração com a nova administração será "boa". As relações com os USA tiveram momentos delicados durante o governo Clinton.

"Esperamos que a melhora das relações entre os dois países, constatada depois da conversa com Al Gore, em 1998 continue", afirmou o porta-voz do Ministério suíço das Relações Exteriores, Ruedi Christen.

Durante o governo Clinton, houve momentos difíceis para a imagem da Suíça nos Estados Unidos. O motivo foram as sucessivas denúncias e negociações das organizações judaicas sediadas nos Estados Unidos acerca das contas inativas em bancos suíços desde a Segunda Guerra Mundial.

Por outro lado, a imprensa suíça aborda o reconhecimento da vitória de Bush pelo vice-presidente Al Gore. O Le Matin, de Lausanne, afirma que "finalmente Bush pode começar a se instalar na poltrona de papai". Cita também declarações do reverendo Jessie Jackson, afirmando que se tivesse ocorrido na Iugoslávia o que aconteceu nos Estados Unidos, "o governo americano não reconheceria a eleição".

O Le Temps, de Genebra, vai na mesma direção com a manchete "Julgado Presidente". Em editorial, o "Le Temps" afirma que, em matéria de política externa, "Clinton tentou associar parceiros na solução de crises e que Bush acha que os interesses dos Estados Unidos são preponderantes e que a única chave está em Washington".

Os jornais da Suíça alemã também refletem a particularidade da eleição de Bush. O Basler Zeitung, de Basiléia, traz a manchete "Bush ganha no Supremo". O Tages Anzeiger, de Zurique, saiu com a manchete "Gore abandona a luta" e o Der Bund, de Berna, "Vitória de Bush no Supremo".

swissinfo com agências.

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