The Swiss voice in the world since 1935

Taylor Swift lança ‘The Life of a Showgirl’ e entra em nova era

afp_tickers

O que esperar do 12º álbum de Taylor Swift? A cantora americana lança “The Life of a Showgirl” nesta sexta-feira (3), depois de semanas de suspense alimentado por pistas enigmáticas para seus fãs.

As mais recentes parecem ser trechos de letras, como uma que diz: “Muitas vezes, minha vida não é muito glamourosa”.

“O interessante nos últimos álbuns dela (…) é que não ouvimos nada de música até a meia-noite, quando começa a sexta-feira do lançamento”, disse Michael Kutek, 31 anos, fã entrevistado pela AFP em um evento de promoção do disco em Nova York.

Para transmitir a essência do álbum, a artista mais ouvida no Spotify em 2024 revelou uma série de fotos com figurinos de cabaré. Para a cor dominante, escolheu um laranja brilhante.

“É chamativo, estridente”, comentou Kutek, que exibia o mesmo tom nas unhas. “Espero muito disso no álbum, mas de uma forma positiva”, acrescentou. Sua amiga Sydney O’Shaughnessy, 28 anos, interpreta como sinal de “algo explosivo, muito positivo”.

“The Life of a Showgirl”, o álbum mais pré-salvo da história do Spotify, foi apresentado por Swift como uma viagem aos bastidores de sua turnê mundial do ano passado, que bateu recordes e percorreu todas as “eras” de sua carreira.

O disco, disse a cantora, “nasceu durante a fase mais feliz, louca e intensa da minha vida. E essa emoção se reflete” nas 12 faixas, incluindo um dueto com a estrela em ascensão do pop Sabrina Carpenter.

– Renovação musical –

Os produtores são os suecos Max Martin e Shellback (Karl Johan Schuster), responsáveis pela transição de Swift do country para o pop em “Red” (2012), “1989” (2014) e “Reputation” (2017).

O jogador de futebol americano Travis Kelce, noivo da artista de 35 anos, já adiantou faixas dançantes no estilo de “22” e “Shake It Off”, criadas em parceria com o mesmo duo.

Assim, o lançamento sinaliza um retorno ao ritmo mais vibrante, após os álbuns folk “Folklore” e “Evermore” (2020) e os introspectivos “Midnights” (2022) e “The Tortured Poets Department” (2024).

Quanto às temáticas, que os fãs — os “Swifties” — costumam tratar como páginas de um diário pessoal, por enquanto só os títulos alimentam especulações: seria “Elizabeth Taylor” uma reflexão sobre a atriz? “Opalite” uma referência à opala, pedra de nascimento de Kelce? E que amizade arruinada inspirou “Ruin the Friendship”?

“Esse tipo de narrativa (…) transforma cada lançamento em uma caça coletiva ao tesouro”, afirmou Robin Landa, professora de publicidade e branding da Universidade de Kean.

“Os fãs não apenas consomem sua arte; eles participam dela, o que reforça o vínculo com a artista”, explicou. “Suas teorias e especulações nas redes sociais transformam o público em sua equipe de promoção.”

– “Tomando o controle” –

Junto com o lançamento, cinemas em cerca de 50 países vão exibir sessões especiais de sexta a domingo, com direito a videoclipe, making of e até versão em karaokê do álbum.

Segundo o site especializado Deadline, o evento deve arrecadar entre 30 e 50 milhões de dólares (cerca de 160 a 267 milhões de reais) nos Estados Unidos.

Swift, que anunciou o disco em agosto no podcast de Travis Kelce, “está tomando o controle de (…) cada aspecto de sua música e de como a apresenta ao público”, algo “único” na história, observa Toby Koenigsberg, professor do Departamento de Música da Universidade de Oregon.

“Ela também entendeu a importância de que suas comunidades de fãs interajam presencialmente, e não apenas online”, disse sobre o evento cinematográfico.

Mas o professor lamenta que, muitas vezes, “falam de sua notável visão empresarial, da fama e de outras coisas, e acabam deixando de lado a essência do ela que faz: seu talento como compositora”.

Desde o álbum de estreia, em 2006, Swift “provou ser capaz de compor boas músicas de forma consistente (…) de uma forma que quase ninguém mais consegue”, destacou.

pel/rh/eml/db/mar/aa/fp/lm/am

Mais lidos

Os mais discutidos

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR