
Trump: Israel está disposto a finalizar termos de cessar-fogo em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (1º) que Israel concordou em finalizar os termos de um cessar-fogo de 60 dias com o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
“Meus representantes tiveram hoje uma reunião longa e produtiva com os israelenses sobre a Faixa de Gaza”, publicou Trump na plataforma Truth Social. “Israel aceitou as condições necessárias para concluir o cessar-fogo de 60 dias, durante o qual trabalharemos com as partes para encerrar a guerra.”
“Os catarianos e os egípcios, que trabalharam muito duro para ajudar a trazer a paz, vão entregar essa proposta final”, publicou Trump. “Espero, pelo bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite esse acordo, porque [caso contrário, a situação] não vai melhorar, apenas piorar.”
Antes das declarações de Trump, o porta-voz do Hamas Taher al-Numu havia dito à AFP que o movimento estava disposto “a aceitar qualquer proposta que leve ao fim da guerra”.
O presidente dos Estados Unidos deve receber o primeiro-ministro de Israel na próxima semana, em Washington. Já o ministro israelense de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, esteve hoje na capital americana, para uma reunião na Casa Branca.
Após o cessar-fogo que encerrou uma guerra de 12 dias com o Irã, vozes de dentro e fora de Israel pediram um acordo semelhante na Faixa de Gaza, que permitiria o retorno dos reféns mantidos pelo Hamas.
Nos últimos dias, Israel estendeu suas operações a novas áreas da Faixa de Gaza. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha expressou que está “profundamente alarmado com a intensificação das hostilidades” no território palestino.
O Exército israelense anunciou hoje que atacou pelo ar “mais de 140 alvos terroristas em 24 horas, para apoiar forças terrestres”, e anunciou a destruição de cerca de três quilômetros de túneis no sul da Faixa de Gaza, que, segundo afirmou, eram usados por combatentes do Hamas.
A Defesa Civil do território palestino reportou 26 mortos hoje em tiroteios e ataques do Exército de Israel, entre eles 16 pessoas que aguardavam para receber ajuda humanitária. O Exército informou à AFP que fez disparos de advertência para afastar suspeitos e que não recebeu relatos de feridos em decorrência dos tiros.
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