
Trump ameaça deixar de comprar óleo de cozinha da China

O presidente Donald Trump disse nesta terça-feira (14) que a decisão da China de parar de comprar soja dos Estados Unidos é um “ato hostil”, e anunciou que, em resposta, considera deixar de importar óleo de cozinha chinês.
“Estamos considerando encerrar nossos negócios com a China no que se refere a óleo de cozinha e outros elementos de comércio, como retaliação”, publicou Trump na plataforma Truth Social.
No último domingo, o presidente americano havia parecido recuar em sua retórica combativa, em publicação na mesma plataforma, na qual afirmou que “tudo ficará bem” e que seu país desejava “ajudar” a China.
Em entrevista ao jornal Financial Times, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, acusou Pequim de querer prejudicar a economia mundial, após a decisão do gigante asiático de impor novos controles sobre as exportações de terras raras, um setor dominado pela China e crucial para a produção de metais essenciais para as indústrias automobilística, eletrônica e de defesa.
“Isso é um sinal de o quão frágil é a sua economia, e querem arrastar todos os outros com eles”, disse Bessent ontem. Trump acrescentou que Washington deve “ter cuidado com a China”. “Tenho uma grande relação com o presidente Xi, mas, às vezes, ela se torna tensa, porque a China gosta de se aproveitar das pessoas.”
Na rede Truth Social, o presidente americano destacou que a interrupção das compras pela China causava dificuldades para os produtores de soja dos Estados Unidos.
As importações americanas de gorduras animais e óleos processados dispararam nos últimos anos, impulsionadas pelo aumento da produção nacional de diesel de biomassa, segundo dados do governo.
A China impõe desde hoje tarifas especiais aos navios americanos que entram em seus portos, em resposta a medidas semelhantes de Washington, e ressaltou que está pronta para “lutar até o fim” em uma guerra comercial com os Estados Unidos.
“No que diz respeito às guerras tarifárias e comerciais, a postura da China continua sendo a mesma”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio. “Se quiserem lutar, lutaremos até o fim; se quiserem negociar, nossas portas permanecem abertas.”
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