Cinemateca Suíça revela as estreitas relações entre moda e cinema
A Cinemateca Suíça, em Lausanne, organiza um festival de filmes para mostrar a estreita relação entre a moda e o cinema.
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O evento apresenta cerca de 40 filmes da década de 1930 até os dias atuais.
Uma noite especial será realizada em 14 de janeiro com a exibição de Prêt-à-porter (1994), de Robert Altman. Essa sátira do mundo da moda apresenta estrelas do cinema (Julia Roberts, Kim Basinger, Lauren Bacall, Sophia Loren), estilistas e top models.
Audrey Hepburn valorizava discrição dos Alpes
A sessão será apresentada por Marco Costantini, diretor do Mudac, que atualmente está dedicando duas exposições à moda e aos têxteis.
O ciclo propriamente dito começa em 1º de janeiro com Roman Holiday (1953), de William Wyler. Audrey Hebburn, praticamente desconhecida na época, foi vestida com as criações da figurinista Edith Head, que ganhou um Oscar pelo filme.
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Em Morocco (1930), de Josef von Sternberg, Marlene Dietrich apareceu na tela com roupas icônicas criadas por Travis Banton. Falbalas (1944), de Jacques Becker, estrelado por Micheline Presle, retrata a vida de uma grande oficina de costura parisiense durante a ocupação.
Na tela grande, os figurinos refletem os códigos de vestimenta de uma época, reinventando as roupas do passado e imaginando as do futuro. Às vezes, eles elevam atrizes e atores a um status icônico.
Katharine Hepburn
Em The Impossible Mr. Baby (1938), de Howard Hawks, Katharine Hepburn, uma herdeira excêntrica, encarnou um modelo de mulher emancipada, como evidenciado pela modernidade dos figurinos criados para ela por Howard Greer. Em Annie Hall (1977), de Woody Allen, a própria Diane Keaton escolheu roupas masculinas, criando um visual andrógino com calças de cintura alta, camisa branca e gravata.
As grandes casas de moda ficaram felizes em se convidar para a tela: Coco Chanel contribuiu com figurinos para La Règle du jeu (1939), de Jean Renoir. Marlene Dietrich usou roupas Christian Dior em The Great Alibi (1949), de Alfred Hitchcock. Algumas estrelas têm um relacionamento especial com um estilista, como Audrey Hepburn com Givenchy ou Catherine Deneuve com Yves Saint Laurent, que a vestiu em Belle de jour (1967), de Luis Buñuel.
Marlon Brando como ícone
A moda também é um veículo de identidade e narrativa. Em L’équipée sauvage (1954), Marlon Brando vestiu a pele de um motociclista. As roupas de Brigitte Bardot em Et Dieu… créa la femme (1956), de Roger Vadim, influenciaram a moda na segunda metade da década de 1950.
Como prelúdio de certas exibições, a Cinémathèque está oferecendo pré-programas curtos compostos de pequenas pepitas dos arquivos da instituição. Esses filmes restaurados tratam da moda na Suíça, na forma de matérias do Ciné-Journal ou de curtas-metragens mudos.
Adaptação: Alexander Thoele, com ajuda do Deepl
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