Problemas na espionagem militar suíça
O caso do desvio de verbas no Ministério da Defesa, revelado na semana passada, é mais grave que previsto. O capitão-contador, que está preso, também conhecia a lista dos informantes do exército e suas contas bancárias, revela hoje o jornal "Le Temps".
O capitão Dino Bellasi, suspeito de ter desviado mais de 5 milhões de dólares, era contador no Ministério da Defesa e está em prisão preventiva juntamente com sua esposa.
Segundo ampla reportagem do jornal “Le Temps”, de Genebra, na edição desta quarta-feira, o capitão Bellasi tinha contato permanente com os informantes do exército dentro e fora do país.
No sistema de milícia vigente no exército suíço, o serviço militar é feito em curtos períodos anuais, durante muitos anos. Fora desse período, as pessoas voltam à vida civil e profissional.
Algumas dessas pessoas – não se sabe quantas – são recrutadas como agentes e enviam informações sobre suas atividades profissionais. Podem ser profissionais liberais, bancários, banqueiros, diplomatas ou qualquer outro profissional.
É a identidade e atividades dessas pessoas que o capitão Bellasi conhecia perfeitamente, confirmou o porta-voz do ministério da Defesa. E suspeita-se que possa ter vendido essas informações a outros países. Em todo caso, afirma o “Le Temps”, há uma crise de confiança interna e externa nos serviços secretos suíços, obrigando-os a uma remodelação dos quadros.
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