Supremo Tribunal suíço opina sobre doping no ciclismo

13 ciclistas foram testados positivos à EPO no Giro da Itália do ano passado Keystone

Ao negar um recurso da União Ciclista Internacional (UCI), com sede em Lausanne, o Supremo Tribunal suíço acabou opinando sobre o doping no esporte. A UCI negava-se a entregar resultados de testes antidoping à Justiça italiana mas agora terá de fazê-lo.

Oficialmente, a Justiça italiana pediu a colaboração judiciária da Suíça em um inquérito sobre tráfico de medicamentos. Acontece que se trata da EPO, droga sintética utilizada em medicina, que há anos vem sendo utilizada em esportes de resistência, principalmente no ciclismo.

A Justiça italiana investiga casos de doping na Volta da Itália no ano passado. Em uma das etapas, dia 4 de junho, entre Pedrazzo e Madonna di Campiglio, 15 atletas foram testados e em 13 deles foram detectados traços de EPO. Os testes foram feitos sob controle da UCI, União Ciclista Internacional, com sede em Lausanne, oeste da Suíça.

O problema é que, mesmo a pedido da Justiça italiana, a UCI negava-se a revelar a identidade dos atletas reprovados no teste antidoping. As autoridades italianas encaminharam então o pedido de colaboração judiciária à Suíça.

A UCI recorreu, argumentando que os litígios do esporte não podem ser resolvidos na Justiça comum. A questão foi parar no Supremo Tribunal que negou o recurso da UCI obrigando-a, assim, a revelar a identidade dos atletas dopados à Justiça italiana.

Segunda-feira, 29.8, a Comissão Executiva do Comitê Olímpico Internacional, em Lausanne, decidiu que os testes de EPO serão efetuados a partir nos Jogos Olímpicos de Sídnei, de 15 de setembro a 2 de outubro.

swissinfo com agências