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México denunciará perante ONU desigualdade no acesso às vacinas anticovid na América Latina

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, antes do jantar de trabalho na Casa Branca, em 8 de julho de 2020, em Washington, D.C. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 16. fevereiro 2021 - 18:45
(AFP)

O México denunciará na quarta-feira perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas a desigualdade no acesso às vacinas contra a covid-19 nos países latino-americanos e caribenhos em relação às nações produtoras, informou o ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, nesta terça-feira (16).

"Vamos apresentar ao Conselho de Segurança o posicionamento do México e da América Latina (...) a respeito do que está acontecendo no mundo, a desigualdade no acesso às vacinas, como os países que as prouduzem têm taxas de vacinação altíssimas e a América Latina e o Caribe têm muito menores", declarou Ebrard.

Explicou que a denúncia será feita a partir das instruções do presidente, Andrés Manuel López Obrador, que considera que a distribuição do imunizante entre as nações "não é justa".

O presidente explicou, entretanto, que vacinas como as desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech são importadas da Europa, embora também sejam produzidas nos Estados Unidos. O país, afirmou, reserva para si toda a produção que faz em seu território.

"São uma das coisas que queremos ver na ONU para que haja equidade, para que não haja acúmulo de vacinas, que haja um princípio de igualdade para que todos os países tenham a possibilidade de vacinar seus habitantes", acrescentou López Obrador.

No início de fevereiro, a organização católica Caritas pediu ao Conselho de Segurança da ONU que garantisse o acesso à vacina anticovid a todos os países, em particular aos mais pobres da América Latina, África e Ásia, ressaltando uma "espécie de protecionismo" dos países ricos do Norte global contra aqueles do Sul.

Em 18 de janeiro, o governo mexicano aceitou uma redução no ritmo de entrega da vacina Pfizer-BioNTech em resposta a um pedido da ONU para compartilhar as doses com as nações pobres.

Um dia após o anúncio, o México recebeu metade da remessa esperada e então experimentou uma seca de quase um mês no fornecimento da vacina, que foi retomada no último domingo com a chegada de 870 mil doses do laboratório anglo-sueco AstraZeneca produzidas na Índia.

Após a interrupção no fornecimento, o México retomou seu plano de vacinação na segunda-feira, em pessoas com mais de 60 anos.

Com 174.657 mortes, o México - de 126 milhões de habitantes - é o terceiro país mais enlutado do mundo por causa da pandemia em números absolutos, depois dos Estados Unidos e do Brasil.

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