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Morcegos africanos na mira da FAO por seu papel na transmissão do Ebola

Entre os mamíferos, quanto maior o animal, mais tempo ele vive. Uma regra imutável, à exceção do morcego de Brandt, um pequeno quiróptero capaz de superar os 40 anos combinando hibernação, discrição e genética. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 21. julho 2014 - 19:02
(AFP)

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) inquietou-se esta segunda-feira sobre o risco que representa o consumo da carne de morcegos frugívoros, destacando seu papel direto na propagação da epidemia de Ebola na África.

"É preciso intensificar os esforços para uma tomada de consciência nas comunidades rurais do oeste da África sobre os riscos que elas correm de contrair o vírus Ebola ao comer certas espécies da fauna selvagem", declarou a FAO em um comunicado de imprensa.

Muito visado, assim como alguns primatas e diferentes espécies de cefalópodes (antílopes africanos), o morcego frugívoro é uma iguaria muito apreciada nesta região do planeta, sendo "consumido seco ou em sopa temperada", detalha a organização da ONU.

"Nós não sugerimos apenas que as populações parem com a caça, elas também precisam ter diretrizes claras, como não tocar nos animais mortos ou vender ou comer a carne dos animais encontrados mortos", alertou o veterinário-chefe da FAO, Juan Labroth.

"O vírus só é aniquilado quando a carne é cozida em alta temperatura ou bem defumada", explicou o especialista.

A fim de conter a propagação do Ebola em Guiné, Libéria ou ainda em Serra Leoa, a FAO, em colaboração com governos destes países e a Organização Mundial da Saúde (OMS), vai "implantar sistemas de vigilância da fauna selvagem para favorecer a detecção precoce do vírus".

"As comunidades rurais têm um papel importante ao indicar uma mortalidade incomum da população animal, daí que sua colaboração é crucial", afirmou Katinka De Balogh, "coordenadora de Ebola" na FAO.

O vírus Ebola foi ativado no oeste da África, pela transmissão do vírus de animais selvagens infectados ao homem, antes de se propagar pela transmissão de pessoa a pessoa.

Com mais de 600 mortos registrados no oeste da África, após a detecção do primeiro caso, em dezembro de 2013, segundo cifras da OMS, o vírus Ebola vive seu "surto mais mortal já registrado", lembra a Organização da ONU, com sede em Roma.

Letal em 90% dos casos e sem vacina ainda desenvolvida para contê-lo, o vírus Ebola causa falência de múltiplos órgãos e hemorragias graves.

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