Suíça compartilha dados bancários com a Nigéria pela primeira vez
Cinco países adicionais, incluindo a Nigéria, agora se beneficiam de um intercâmbio automático de informações bancárias com a Suíça, elevando o total para mais de 100 pela primeira vez.
Na segunda-feira, a Administração Fiscal Federal Suíça revelou que forneceu detalhes de cerca de 3,4 milhões de contas bancárias mantidas por estrangeiros (ou aquelas com residência fiscal no exterior) para seus países de origem ou residência este ano. Em troca, recebeu informações sobre detalhes bancários de cerca de 2,9 milhões de contas mantidas por cidadãos/residentes suíços em 101 países parceirosLink externo.
Nigéria, Albânia, Brunei, Peru e Turquia foram acrescentados à lista existente de 96 países com os quais a Suíça trocou informações sobre contas bancárias. No caso de 27 países, incluindo a Rússia, a Suíça recebeu informações, mas não retribuiu por não atender aos padrões de segurança de dados ou optou por não receber informações. De acordo com as regras de intercâmbio, os dados bancários compartilhados devem ser utilizados apenas para fins fiscais e não podem ser tornados públicos.
O tratado de intercâmbio automático de informações (AEI) foi estabelecido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para ajudar a evitar que fraudes tributárias e criminosos de colarinho branco ocultem seus ativos em outros países.
Os bancos passam os detalhes das contas operadas em nome de clientes estrangeiros para as autoridades suíças que canalizam estas informações para o país de origem do titular da conta. O estabelecimento do sistema AEI foi um marco importante no desmantelamento do outrora lendário sigilo bancário suíço. A Suíça estabeleceu a base legal para tal intercâmbio de dados em 2017.
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O sigilo bancário ainda é o modelo de negócio dos bancos suíços
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