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China vira foco de minicúpula do clima em NY por novo plano para reduzir emissões

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O compromisso da China de reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2035 está no centro das conversas sobre o clima esta semana em Nova York, em contraste com o atraso da Europa e o abandono dos Estados Unidos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou uma minicúpula climática para a quarta-feira (24) que ocorrerá em paralelo à Assembleia Geral anual das Nações Unidas em Nova York.

Durante essa reunião, espera-se que Pequim apresente suas “Contribuições Determinadas a Nível Nacional” atualizadas, o plano no qual traça suas metas climáticas.

Estas devem estar prontas antes da principal reunião climática do ano, a COP30 em Belém, no Brasil, em novembro.

Embora a China represente quase 30% das emissões globais anuais de gases do efeito estufa, o gigante asiático tem-se posicionado cada vez mais como um impulsor nos diálogos climáticos internacionais e como uma superpotência em tecnologia verde.

Respalda também o processo da ONU sob os termos do Acordo de Paris, apesar da saída, pela segunda vez, de seu principal adversário geopolítico, os Estados Unidos.

“A China é um parceiro muito estável”, disse à AFP a economista brasileira Ana Toni, diretora-executiva da COP30. “Esperamos que a China continue no caminho correto […] e que outros atores façam o mesmo.”

Espera-se que o primeiro-ministro chinês Li Qiang seja um dos oradores na minicúpula e apresente o novo plano.

O que a China definir como objetivo de redução de emissões para 2035 poderia determinar o sucesso ou o fracasso da meta do Acordo de Paris para limitar o aquecimento “muito abaixo” dos 2°C desde a era pré-industrial e, de preferência, para 1,5°C, um objetivo que Guterres disse à AFP na semana passada que poderia estar em risco de “colapsar”.

Segundo Pequim, seu plano para 2035 vai abranger, pela primeira vez, todos os setores econômicos e os gases de efeito estufa.

De acordo com seu último plano, anunciado em 2021, a China disse que buscaria alcançar o pico de emissões de dióxido de carbono antes de 2030 e conseguir a neutralidade de carbono até 2060.

A União Europeia, em contrapartida, não conseguiu adotar um plano unificado antes da Assembleia Geral da ONU, optando por uma declaração de intenções não vinculante.

Quanto aos Estados Unidos, seu presidente Donald Trump se apresenta como um promotor dos combustíveis fósseis.

Em seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Washington se retirou do Acordo de Paris. E agora no segundo, iniciado em janeiro, Washington não apenas abandonou a ação climática, mas passou à ofensiva em favor dos interesses do setor de petróleo e gás.

A China, por sua vez, é conhecida por estabelecer objetivos baixos para poder superá-los melhor: seu compromisso anterior de limitar suas emissões até 2030 já está prestes a ser cumprido. E ela vende ao mundo suas tecnologias de energia limpa, que inclui painéis solares, baterias e veículos elétricos.

ia-ico/sla/cr/cjc/ad/rpr

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