Pandemia agrava disparidades de gênero no trabalho
Durante a pandemia, um aumento na carga de trabalho em setores onde as mulheres estão altamente representadas, como o varejo, pode explicar porque elas dão classificações piores do que os homens às suas condições de trabalho.
Keystone / Ennio Leanza
As mulheres são as grandes perdedoras da crise da Covid-19 e o teletrabalho é uma "espada de dois gumes", segundo um barômetro anual das condições de trabalho na Suíça.
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Keystone-SDA/gw
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Pandemic exacerbating gender disparities at work
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Mesmo antes da pandemia bater, as mulheres classificavam suas condições de trabalho pior do que os homens em 1,6-1,8 pontos porcentuais. Mas esta diferença mais que dobrou em 2020, para 3,3-3,8 pontos, disse na quinta-feira a organização sindical independente Travail.Suisse.
Isto pode ser explicado por um aumento na carga de trabalho em setores onde as mulheres estão altamente representadas – como o comércio varejista e os serviços de saúde – durante o curso da pandemia.
A saúde é o único setor a receber notas mais baixas do que nos anos anteriores em todas as áreas cobertas pelo barômetro.
Trabalhar em casa tem suas vantagens e desvantagens, de acordo com a pesquisa representativa de 1.500 empregados em toda a Suíça. Os entrevistados apreciaram a paz e a tranqüilidade do teletrabalho e a possibilidade de eliminar o trajeto entre a casa e o trabalho, mas também levantaram as desvantagens: pausas mais curtas ou inexistentes, e o fato de poderem ser contactados a qualquer momento, permanentemente.
Numa nota mais positiva, a comunicação interna com os funcionários havia melhorado durante a crise de saúde, disse a associação Travail.Suisse, que realizou sua pesquisa em junho e julho de 2020.
Cai o número de postos de trabalho
Os resultados da pesquisa coincidiram com a publicação dos mais recentes números de desemprego do Departamento Federal de Estatística, que mostraram que o número de postos de trabalho caiu 0,4% entre setembro de 2019 e setembro de 2020.
Os setores mais atingidos incluem a manufatura e o setor de serviços, notadamente hotéis e restaurantes. Levando em conta os ajustes sazonais, havia 5,122 milhões de pessoas empregadas, um aumento de 0,5% em relação ao trimestre anterior.
A nível regional, o cantão do Ticino registrou o maior declínio de empregos (-1,5%). Zurique foi o único cantão a experimentar um aumento (+0,8%).
As perspectivas de encontrar trabalho também eram sombrias: o número de vagas caiu em 15,1%, para 11.900 vagas.
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