Promotores suíços encerram processo contra o chefe da FIFA, Infantino
O processo criminal contra o presidente da FIFA, Gianni Infantino, por causa de suas relações com o ex-procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, foi encerrado, informaram os promotores suíços na quinta-feira, uma decisão que Infantino saudou como uma reivindicação da "nova FIFA".
Infantino foi eleito em 2016 para melhorar a imagem da Federação Internacional de Futebol (FIFA), sediada em Zurique, depois que ela se envolveu em escândalos de corrupção.
No entanto, as autoridades suíças abriram um processo contra o próprio Infantino em 2020 por suspeitas de violações de sigilo, abuso de poder e cumplicidade relacionadas a reuniões que ele teve com Lauber.
Ao encerrar o processo, os promotores disseram que suas investigações haviam “invalidado” tais suspeitas.
Infantino, que negou repetidamente qualquer irregularidade, disse que a decisão foi uma “vitória completa e clara para mim, para a nova FIFA e para a justiça”. “De fato e sem nenhuma surpresa, a investigação confirma plena e claramente que eu sempre agi de forma legal e correta, sempre defendendo exclusivamente os interesses da FIFA e do futebol”, disse Infantino.
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Sem provas
As autoridades suíças estavam investigando os contatos entre Infantino e Lauber, que renunciou ao cargo de procurador-geral da Suíça depois que um tribunal concluiu que ele encobriu uma reunião com o chefe da FIFA e mentiu para os supervisores enquanto seu escritório investigava a corrupção no órgão de futebol.
Os promotores disseram que sua investigação não havia revelado nenhuma evidência de que Infantino tivesse “instrumentalizado” o Procurador Geral da Suíça “em atos ou omissões incomuns, inexplicáveis, errôneos ou mesmo criminosos”.
A FIFA disse que tomou conhecimento da decisão de encerrar o processo “com extrema satisfação”.
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